A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou que, na tarde de ontem (7), mais dois homens foram procurar a justiça para denunciar o cozinheiro João Batista Alves Bispo (41), suspeito de dopar e estuprar vítimas no Parque da Cidade, em Brasília.
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Segundo o delegado do caso, Maurício Iacozzilli, as vítimas procuraram a 1ª Delegacia de Polícia da Asa Sul após terem acesso às notícias da prisão do suspeito.
Um dos homens afirma ter sido abusado sexualmente em agosto. Ele ainda informou que o cozinheiro também roubou sua moto, carteira e celular.
Já o outro caso é antigo. De acordo com a vítima, o estupro aconteceu em 2009, na cidade de Planaltina (GO). Até o momento, a equipe da 1ª DP havia identificado cinco vítimas do cozinheiro.
Entenda o caso
O cozinheiro foi preso suspeito de dopar e estuprar homens no Parque da Cidade, em Brasília. De acordo com as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), João Batista Alves Bispo aplicava o golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”, em vítimas com idades entre 25 e 40 anos.
Além disso, após os estupros, o agressor roubava os pertences das vítimas, como celular, carteira e dinheiro. De acordo com a equipe da 1ª Delegacia de Polícia, uma das vítimas foi encontrada morta em janeiro deste ano.
O suspeito foi capturado em sua casa, localizada em Planaltina (DF). Segundo Maurício Iacozzili, o suspeito trabalhava em um restaurante e já foi indiciado em outros dois inquéritos por latrocínio, estupro e roubo. Ainda de acordo com o delegado, João Batista conhecia as vítimas na rua, “fazia amizade”, e depois agia.
Durante as buscas na residência do rapaz, os policiais encontraram três frascos de medicamentos usados para dopar as vítimas e também dois celulares, supostamente roubados. Os proprietários dos aparelhos serão intimados e, caso o suspeito seja reconhecido, ele será indiciado por mais dois crimes.
As investigações mostram que, em janeiro deste ano, uma das vítimas sofreu overdose da medicação usada para o crime e acabou morrendo. Em maio, também de 2020, o agressor roubou um celular e foi reconhecido pelo dono do aparelho.
Conforme divulgou a Polícia Civil, João Batista confessou parte dos crimes e, caso seja condenado por todos, a pena chega a mais 30 anos de prisão.