Agentes da Polícia Civil prenderam, na quarta-feira (01), um líder espiritual acusado de ter mantido relações sexuais com a promessa de levar a cura para as pessoas. Segundo a corporação, os crimes aconteceram em Maringá, no norte do Paraná.
Rodolfo Vieira, delegado responsável pelo caso, explica que o líder religioso, que também é capoeirista, foi preso preventivamente e, agora, deve responder por violação sexual mediante fraude, importunação sexual e assédio.
Ainda conforme o delegado, ele tinha como foco as vítimas que apresentavam alguma vulnerabilidade seja por idade, classe social ou por dificuldade momentânea, como um problema de saúde.
Até o momento, foram sete denúncias. Essas vítimas, mulheres e adolescente, contaram histórias parecidas aos investigadores. “Uma vez identificada essa vulnerabilidade, ele oferecia uma revolução espiritual, um tratamento para esse problema”, começou Rodolfo Vieira.
Ao oferecer a ajuda, ele afirmava que, “como líder supremo dessa cultura e como ‘mestre de ventre’, poderia, mediante a conjunção carnal, passar essa energia, que iria melhorar e curar essas vítimas”, detalhou o delegado.
Crime acontecia na casa do suspeito
De acordo com as investigações e depoimentos das vítimas, os crimes aconteciam nos fundos da casa do líder espiritual, enquanto ele ministrava horas de seus rituais. Algumas perceberam que tudo aquilo era farsa, mas outras não.
“Algumas vítimas, felizmente, perceberam que se tratava de uma fraude e se evadiram. Porém, algumas se submetiam a essa sessão de relações sexuais com fins terapêuticos, acreditando de verdade que seria a única forma de se curar ou de curar alguém da sua família”, explicou o delegado.
Líder espiritual nega os crimes
Durante interrogatório, o líder espiritual negou que tenha cometido qualquer crime. Ainda segundo o suspeito, ele nunca sequer praticou atos sexuais durante o ministério da religiosidade dele.
“Porém, foram ouvidas várias vítimas e várias testemunhas, os relatos são bem similares, com detalhes que causam bastante confiança, tanto que o juiz deferiu uma medida grave, que é uma prisão preventiva, com base nesses depoimentos”, finalizou o delegado.
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