A Justiça Federal concedeu guarda provisória da capivara Filó para o influencer Agenor Tupinambá, no último sábado (29). De acordo com o site G1, o rapaz conseguiu a ajuda da deputada federal do Amazonas, Joana Darc, que denunciou o IBAMA, inclusive, por manter medicamentos vencidos.
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Em decisão, o juiz Márcio André Lopes Cavalcante escreveu: “Não é a Filó que mora na casa do Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos na Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas no Brasil”.
Nas redes sociais, Agenor celebrou: “Eu queria agradecer cada um de vocês que está com a gente desde o começo. A vitória é nossa, mais uma vez o amor venceu”. O estudante de agronomia, inclusive, foi multado em R$17 mil pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) pela exploração do animal nas redes sociais- e já conseguiu o triplo do dinheiro em arrecadação online.
Filó deve ser entregue ao Agenor imediatamente.
IBAMA se pronuncia em nota
Em pronunciamento oficial nas redes sociais, o IBAMA negou as acusações da deputada federal do Amazonas e explicou as motivações para o recolhimento de Filó: “É falsa a informação divulgada neste sábado (29/4) em redes sociais de que haveria decisão judicial determinando a devolução de uma capivara ao infrator Agenor Tupinambá”.
“Agenor foi autuado em R$ 17 mil por diversos crimes ambientais, entre eles matar espécie da fauna silvestre (preguiça real), praticar abuso (capivara) e manter em cativeiro para obter vantagem financeira (capivara e papagaio). Decisão judicial publicada na tarde deste sábado apenas autoriza que integrantes da Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) acompanhem os trabalhos no Cetas relacionados à capivara resgatada”, continuou a nota.
Por fim, o IBAMA negou as acusações de medicamentos vencidos de Joana: “A deputada Joana Darc foi ao local, observou o animal e divulgou informação falsa de que haveria vacinas vencidas. O protocolo clínico veterinário determina que não se imuniza animais silvestres. O objetivo do Ibama após avaliação técnica é devolver a capivara à natureza garantindo o seu bem-estar e o cumprimento da lei”.
“Os Cetas funcionam como unidades para tratamentos e reabilitação de animais vítimas do tráfico ou resgatados. O Cetas-AM é especializado na reabilitação e soltura do sauim de coleira, espécie que só ocorre em Manaus e está ameaçada de extinção. É um trabalho delicado e longo. Movimentação de pessoas no local, como ocorreu neste sábado, pode prejudicar a reabilitação, retardando o processo e causando estresse desnecessário a animais que já passaram por bastante sofrimento. Desde janeiro deste ano, os Cetas do Ibama já devolveram à natureza, após reabilitação, 5,6 mil animais no país. O trabalho desses centros é fundamental para a proteção da fauna brasileira e manutenção do equilíbrio ambiental”, informou, sem se pronunciar, novamente, sobre os últimos capítulos desta saga.
Nota de esclarecimento
É falsa a informação divulgada neste sábado (29/4) em redes sociais de que haveria decisão judicial determinando a devolução de uma capivara ao infrator Agenor Tupinambá.
— Ibamagov (@ibamagov) April 30, 2023
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