A sexóloga e doula Juliana Thaisa forneceu uma entrevista exclusiva para o site G1, na noite da última quarta-feira (22), sobre as acusações contra Edi Rock, da banda ‘Racionais MC’s’. Ela revela que a tentativa de estupro ocorreu em sua casa, em São Paulo, em maio de 2021.
Danuza Leão morre aos 88 anos de idade
Juliana conta que conheceu Edi por meio das redes sociais, após ela comentar em uma de suas fotos no Instagram, e logo começou “aquele climinha”. A doula, no entanto, frisa: “Em momento algum eu afirmei que me relacionaria com ele, mas, sim, eu queria uma aproximação. É uma pessoa que eu era fã, então é óbvio que eu queria conhecer, me aproximar dele”.
Em um clima íntimo, Edi Rock teria ligado para informar que estava próximo do apartamento de Juliana e se eles poderiam se ver. A sexóloga permitiu o encontro, mas se sentiu “desconfortável” quando o rapper começou a preencher a conversa com conotações sexuais: “Minha filha dormiu e eu já estava bem desconfortável. Então dei a deixa para ele ir embora”.
Sexóloga diz que foi agarrada à força
Juliana relembra que, antes de ir embora, Edi teria pedido um abraço e foi aí que o ataque teria começado: “Fui dar um abraço, mas um abraço de despedida, só com os braços. Em nenhum momento encostei meu corpo nele. Ele pegou com as duas mãos na minha bunda e me puxou pra perto dele”.
“Tomei um susto e empurrei ele. [Falei] ‘Cara, você tá viajando, minha filha está aqui do nosso lado’. Ele falou: ‘Vamos para o banheiro’. Ele quis me levar para o banheiro à força. Foi me empurrando, eu fui empurrando de volta e [falando]: ‘Me solta, me solta'”, continuou ela revelando que “o músico a agarrou, colocou as mãos por baixo de sua blusa, tocou em seus seios, em suas nádegas, tentou abaixar sua calça e beijá-la à força”.
Quando conseguiu se desvencilhar, Juliana revela que pegou o interfone para pedir ajuda e, nesse momento, o músico teria “perdido o controle”: “Ele foi direto no meu aparelho de wi-fi e puxou os fios. Começou a falar: ‘Pode ligar’. Entendo que ele deduziu que peguei um telefone, e não o interfone”.
Juliana pegou a filha, de então três anos, e conseguiu atrai-lo para fora do apartamento. Ela trancou a porta e logo ligou para a polícia.
Edi Rock prestou esclarecimentos para a polícia
A denúncia feita por Juliana Thaisa foi registrada pela Polícia de São Paulo como um possível caso de importunação sexual, um crime menos grave. A sexóloga levou até a delegacia vídeos que mostravam a movimentação do rapper em seu prédio, além de conversas entre os dois.
Em depoimento obtido pelo site G1, Edi revela que, durante o encontro, ambos ingeriram bebidas alcóolicas e, logo, Juliana sentou em seu colo. Após começar a passar a mão no corpo dela, no entanto, Edi diz que Juliana “teve um surto e começou a falar que não”.
Edi, por fim, revela que a partir desse momento não forçou mais nada com Juliana, mas ela ameçou contar à imprensa sobre o caso. O porteiro de onde a sexóloga mora, no entanto, corroborou que Juliana ligou e pediu ajuda dele para tirar o rapper de seu apartamento. Quando subiu, o encontrou no corredor, repetindo: “Não fiz nada”.
O Ministério Público, no entanto, preferiu arquivar o caso por falta de provas. Juliana pretende reabrir o inquérito.
Veja também: Rico Melquíades se defende após procedimento estético: “Estão confundindo”