O mercado financeiro continua elevando a projeção para a inflação do Brasil em 2021. Em resumo, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu pela quarta semana seguida, de 3,50% para 3,53% no ano. A saber, a previsão alcançava 3,32% há quatro semanas. Vale ressaltar que a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a inflação em 2021 é de 3,75%. As informações estão presentes no relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (1º).
Já as estimativas para a inflação em 2022 e 2023 permaneceram estáveis, em 3,50% e 3,25%, assim como para 2024, também em 3,25%.
Inflação ainda está dentro do limite definido
Em síntese, o CMN define a meta para a inflação de três anos seguidos, alterando os valores no decorrer dos anos, caso haja necessidade. Ao mesmo tempo, cabe ao BC adotar medidas para alcançar a meta definida. Isso ocorre, porque uma inflação baixa e estável permite maior crescimento para a economia, visto que há redução nas incertezas econômicas.
Nesse sentido, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem papel muito importante. Em suma, o IPCA, calculado pelo instituto, é utilizado como previsão oficial da inflação. Além disso, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Por isso, a meta para a inflação de 2021 é de 3,75% e o intervalo varia de 2,25% a 5,25%. Ou seja, a projeção para 3,53% está abaixo do centro da meta que deve ser perseguida pelo BC, mas ainda está dentro do limite inferior permitido.
PIB deve ter um crescimento levemente maior
De acordo com o relatório Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 3,50% em 2021. A última previsão do mercado apontava alta de 3,49%. A propósito, vale ressaltar que, quatro semanas atrás, o crescimento projetado também era de 3,40%, o que mostra a melhora crescente em relação à economia brasileira. Já para os anos de 2022, 2023 e 2024, as projeções continuam as mesmas: o PIB deve crescer 2,50% em cada ano.
Por fim, a previsão para a cotação do dólar teve leve alta, passando de $ 5,00 para R$ 5,01 em 2021. Já a taxa básica de juros, a Selic, continua em 3,50%.
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