O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, encerrou julho deste ano com uma variação de 0,96%. Esse patamar ficou 0,43 ponto percentual (p.p.) maior que a taxa registrada em junho (0,53%) e representa o maior avanço para o mês de julho deste 2002.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações na última terça-feira (10). A pesquisa também apontou que o IPCA passou a acumular alta de 4,76% em 2021 e de 8,99% nos últimos 12 meses.
Em resumo, a pesquisa da inflação abrange dez regiões metropolitanas do país: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Além destas, a coleta de dados também acontece nos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
Veja o avanço da inflação nos locais pesquisados
De acordo com o IBGE, a inflação acelerou em 14 dos 16 locais pesquisados em julho. E quem liderou o ranking no mês foi Curitiba, cuja taxa disparou de 0,61% para 1,61%. Assim, a capital, que possui o quinto maior peso entre os locais analisados, de 8,09%, subiu da sexta para a primeira posição no ranking.
Outros três locais também superaram o avanço nacional em julho: Porto Alegre (0,79% para 1,23%), São Paulo (0,53% para 0,98%) e Recife (0,92% para 0,97%). No entanto, os avanços mais expressivos do mês, após Curitiba, vieram de: Brasília (0,17% para 0,90%), Belém (0,24% para 0,90%) e São Luís (0,30% para 0,94%).
As únicas regiões a apresentarem desaceleração em suas taxas foram Salvador (0,86% para 0,75%) e Rio Branco (0,78% para 0,66%). Enquanto isso, a menor taxa ficou com Aracaju (0,53%) e Rio de Janeiro (0,63%).
Além das variações, o IBGE informa os pesos que cada local possui na composição da taxa nacional. Em suma, São Paulo tem o maior peso do país, respondendo por 32,28% da variação nacional. Em seguida, ficam Belo Horizonte (9,69%), Rio de Janeiro (9,43%), Porto Alegre (8,61%), Curitiba (8,09%) e Salvador (5,99%). Já Goiânia (4,17%), Brasília (4,06%), Recife (3,92%), Belém (3,94%) e Fortaleza (3,23%) possuem as menores taxas.
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