R$ 800 mil. Esse foi o valor que um idoso, de 87 anos, perdeu depois de ele ter sido enganado por uma quadrilha que aplicava golpes sobre investimentos em criptomoedas.
De acordo com as informações da “TV Tem”, afiliada da “Rede Globo”, o caso aconteceu em Sorocaba, no interior do estado, e teria ocorrido depois que o idoso foi convencido por uma ex-gerente de banco que o conhecia e propôs o investimento.
Ainda conforme a matéria, a ex-gerente atraiu a vítima prometendo um lucro de 10% ao mês do valor aplicado com o investimento em criptomoedas. O idoso foi enganado porque conhecia a mulher, que havia sido responsável pela sua conta bancária e era uma pessoa em quem ele confiava.
Segundo Danilo Campagnollo Bueno, que é o advogado da vítima, em entrevista à “TV Tem”, foi por conta da confiança que ele tinha na ex-gerente que ele “investiu” o dinheiro.
“Ele fez um aporte inicial de R$ 400 mil no primeiro mês. Uma das condições era que esse valor não fosse resgatado em seis meses, e era apresentado um contrato por outra empresa. Passado o primeiro mês, o grupo devolveu uma parte, um pequeno valor que seria de 10% do investimento”, afirmou.
Ainda conforme o advogado, o idoso ficou empolgado porque teve um retorno logo no primeiro mês e, com isso, acabou investindo mais R$ 400 mil. A animação foi tanta que ele convenceu a filha, de 63 anos, a investir com a ex-gerente.
“A mulher depositou R$ 50 mil e teve rendimento de 10% no primeiro mês, mas nos meses seguintes o idoso e a filha não conseguiram recuperar o dinheiro”, contou o advogado.
De acordo com o defensor, as investigações mostraram que o dinheiro do idoso não foi aplicado em criptomoeda e o “retorno” era nada mais nada menos do que uma parcela do seu próprio dinheiro de volta.
Vítimas além do idoso
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que é quem investiga o caso, ainda não sabe dizer quantas pessoas sofreram o golpe.
Todavia, algumas informações importantes já foram levantadas, como a de que o dinheiro das vítimas não era investido e sete pessoas foram presas em Sorocaba, São Paulo, Barueri e Araçoiaba da Serra, todas cidades no interior de São Paulo.
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