O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (8) os resultados da produção animal no terceiro trimestre de 2021. A saber, o abate de suínos bateu recorde da série histórica iniciada em 1997 ao disparar 7,8% em relação ao mesmo período de 2020.
Já o abate de frangos cresceu 1,2% no comparativo anual, atingindo o maior patamar para o terceiro trimestre desde 1997, quando a série teve início. Em contrapartida, o abate de bovinos despencou 10,7% em relação ao mesmo período de 2020. A propósito, esse foi o pior resultado para um terceiro trimestre desde 2004.
Além disso, a pesquisa também mostrou a relação dos resultados do terceiro trimestre com os níveis registrados nos três meses anteriores. Nesse caso, o abate de suínos cresceu 4,5%, enquanto o de frangos teve alta de 0,7%. Por outro lado, o abate de bovinos caiu 2% no comparativo trimestral.
Veja detalhes dos resultados do abate no trimestre
No terceiro trimestre de 2021, o abate de suínos totalizou 13,72 milhões de cabeças. Em resumo, a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais do IBGE revelou que o recorde das exportações de carne suína in natura ajudou mais uma vez a impulsionar o abate de suínos no período.
De acordo com o IBGE, Santa Catarina liderou o ranking nacional, respondendo por 28,7% da participação do país. Em seguida, ficaram Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,7%).
O IBGE também revelou que houve o abate de 1,54 bilhão de cabeças de frango no período. A saber, o volume de abate cresceu em 16 das 25 Unidades da Federação que participam da pesquisa. Os destaques foram: Paraná (+17,91 milhões), Goiás (+8,08 milhões) e Santa Catarina (+7,90 milhões), cujos volumes de abate dispararam no período.
Por outro lado, as quedas mais expressivas vieram do Mato Grosso (-10,33 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (-10,11 milhões de cabeças) e Minas Gerais (-2,12 milhões de cabeças).
Ainda segundo o IBGE, 6,94 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas. Em suma, a retenção de fêmeas para o abate, que vem acontecendo desde 2020, limita o abate de bovinos. A propósito, esse foi o menor nível para o terceiro trimestre desde 2004 devido à redução dos abates em 21 das 27 UFs.
Os maiores recuos vieram do Mato Grosso (-279,94 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-218,62 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-131,21 mil cabeças), Rondônia (-83,84 mil cabeças) e Paraná (-78,61 mil cabeças). Em contrapartida, os principais avanços foram registrados por Goiás (+38,15 mil cabeças), Tocantins (+37,15 mil cabeças) e Minas Gerais (+19,08 mil cabeças).
Saiba mais sobre a pesquisa do IBGE
A saber, o IBGE realiza a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para fornecer informações em relação à quantidade de animais abatidos, bem como o peso total das carcaças. A coleta acontece através do estabelecimento que realiza o abate de acordo com a fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal.
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