Desde o início da pandemia do novo coronavírus, alguns grupos mundiais foram responsáveis pelo acompanhamento do avanço do vírus ao redor do mundo. Esses grupos são responsáveis por oferecer um direcionamento sobre as ações realizadas por países de todo o mundo para tentar conter o avanço da doença. Por exemplo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a União Europeia são alguns dos grupos que possuem grande influência nas decisões mundiais. Entretanto, dados da revista científica BMJ Global Health indicam que grande parte desses grupos é formado, majoritariamente, por homens.
De acordo com o estudo, 85% dos indivíduos que fazem parte dos grupos atuantes no combate à pandemia são homens. Esses grupos são compostos por especialistas, forças-tarefas e até mesmo consultores de todo o mundo. Além disso, esses grupos também são pouco diversificados no que se refere à cultura, origem, etnia, raça e demais características.
Presença das mulheres em segundo plano
O debate sobre a igualdade de gênero nos grandes órgãos mundiais já acontece há algum tempo. Entretanto, com a pandemia de Covid-19, essa pauta voltou a ficar estacionada. Apesar disso, as mulheres são um dos grupos mais afetados durante a pandemia.
Pois, com o acúmulo de funções – dividindo-se entre o trabalho, a maternidade, os cuidados com a casa e com os demais familiares – a saúde das mulheres tem estado cada vez mais em segundo plano. Além disso, as mulheres possuem um papel fundamental no combate à pandemia. De acordo com a ONU Mulheres, 70% dos profissionais de saúde são mulheres.
Do mesmo modo, estudos indicam que países governados por mulheres obtiveram maior sucesso no combate à pandemia. Por exemplo, é o caso da Nova Zelândia, que se tornou modelo no que se refere ao combate da Covid-19. Por essa razão, mais do que nunca, é necessário a adoção de medidas imediatas para promover a igualdade de gênero no combate à pandemia.