Acabou nesta segunda-feira (13) o pesadelo do motorista de aplicativos e montador de móveis Jeferson Pereira da Silva, de 29 anos. Isso porque ele deixou a Central de Triagem em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, após ter sido preso preventivamente com base somente em um reconhecimento fotográfico.
Ele foi reconhecido por um retrato tamanho 3×4 tirado há mais de dez anos, e por isso foi detido como autor de um roubo cometido no dia 4 de fevereiro de 2019. À época, a vítima registrou a ocorrência e revelou que teve uma arma apontada para si e que o celular, R$ 5 e a identidade foram levados.
A soltura do jovem ainda foi atrasada em um dia. Isso porque, de acordo com informações do portal “G1”, o advogado de Jeferson, Carlos Dutra, conseguiu um habeas corpus no domingo (12). Todavia, por conta de um erro de digitação, o alvará acabou atrasando.
“Foram os piores dias da minha vida”, afirmou o jovem, na porta da cadeia. A luta, agora, é para limpar seu nome. “Eu ainda não sou inocente. Todo mês eu vou ter de voltar aqui, nesse inferno”, disse o homem em entrevista ao portal.
De acordo com Fernanda Pereira, irmã de Jefferson, o irmão foi chamado para receber um saldo do cálculo de uma rescisão de um contrato de trabalho que foi de 2015, em um shopping em Del Castilho.
“Chegando lá não havia escritório da empresa. Tinha duas viaturas aguardando e deram voz de prisão”, diz Fernanda Pereira da Silva, irmã de Jeferson, que ainda questionou que o rapaz nunca teve passagem pela polícia, perguntando o porquê de a foto dele estar no álbum da delegacia.
Por fim, a moça ainda conta que Jeferson foi ele foi orientado a ir até a delegacia onde o crime foi registrado. “O Jeferson foi até o lugar, sozinho, no próprio veículo e ligou para casa para contar o que estava acontecendo, que estava sendo preso”, lembra ela.
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