Um homem foi preso acusado de ter matado seu namorado a facadas e, depois do crime, ter escrito “I love you” na parede do quarto onde cometeu o homicídio. De acordo com a Polícia Civil, o fato aconteceu no último dia 15 de dezembro em Curitiba, no Paraná. A confissão, todavia, só veio a ocorrer nesta quinta-feira (23), quando Luís Felipe Messias Costa, de 29 anos, além de ter confirmado a suspeita, disse que vendeu o carro do namorado por R$ 600.
De acordo com Tathiana Guzella, delegada da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Luís Felipe afirmou em depoimento que, depois de matar o professor Onírio Carlos Silvestre, de 59 anos, com quem se relacionava há três anos, fugiu e vendeu o carro por R$ 500, mas acabou recendo um “bônus” de R$ 100 do receptador.
“Ele pediu R$ 500, mas o homem pagou R$ 600 como bônus. Depois disso ele ficou em uma ‘biqueira’, mas não contou com quem e não disse onde. Disse que só estava fazendo festa”, relatou a delegada, revelando ainda que o carro que pertencia ao professor foi encontrado queimado na noite de ontem quarta-feira (22), na cidade de Ponta Grossa, também no Paraná.
Namorado indiciado
Tathiana também explicou que Luís Felipe foi indiciado pela Polícia Civil nesta quinta e responderá por homicídio qualificado, com qualificadoras de motivo fútil, dificuldade de defesa da vítima, falsidade ideológica, fraude processual, além de furto. Segundo ela, o inquérito sobre o crime já foi encaminhado ao Ministério Público, que agora tem cinco dias para apresentar denúncia.
Em depoimento, o acusado disse que agiu em legítima defesa, mas as investigações descartaram essa hipótese. “Pelas características da cena do crime, posição do corpo e perfil pacífico da vítima, nós não acreditamos na versão dele […] No depoimento ele contou sobre tudo, mas quando a gente incluía perguntas levantadas pela investigação, ele ia mudando alguns detalhes”, afirmou a delegada.
Por fim, além de afirmar que o suspeito diz ter se arrependido de ter matado o namorado, que estava embriagado no momento em que foi morto, a delegada também relatou que o inquérito concluiu que o crime possa ter acontecido por motivos econômicos.
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