O pedreiro Cesar de Jesus Amorim, de 42 anos, está há quatro meses sem poder voltar para casa após ter sido apontado, erroneamente, como suspeito de um estrupo em Belford Roxo, no Rio de Janeiro.
De acordo com ele, o suposto caso teria acontecido em abril deste ano e, desde então, ele passou a ser acusado nas redes sociais pelo crime que jamais cometeu. De acordo com as informações, a vítima do crime em questão foi uma jovem de 22 anos.
Na ocasião, a mulher foi assaltada, rendida e violentada durante a noite. Para abusá-la, o criminoso a obrigou a acompanhá-lo até um terreno baldio. Câmeras de segurança, inclusive, flagraram o momento em que a vítima é rendida pelo homem.
Depois do crime, as imagens do homem, que estava armado na hora do crime, foram parar nas redes sociais e o vídeo viralizou. Com a publicação, Cesar passou a ser considerado suspeito do crime, mas após uma investigação da polícia, foi inocentado.
Por outro lado, o verdadeiro criminoso foi identificado e, após exames periciais, foi preso. Todavia, na internet, o “veredito” foi diferente, e Cesar “foi condenado” e, até hoje, as imagens que o apontam como sendo o estuprador circulam pelas redes.
Por conta disso, ele teve que sair de casa e, desde então, tem medo de voltar para o seu lar. De acordo com Cesar, antes de “fugir” de casa, ele chegou a ser abordado por um homem que disse que tinha certeza que ele era o criminoso. “Eu falei que não era eu, e ele me mandou calar a boca. Ele já estava com a mão no gatilho, mas a polícia apareceu. Ele disse que estava me caçando e que se a justiça não fosse feita, ele faria”, revelou Cesar em entrevista ao jornal “Extra”.
Cesar foi às redes sociais dizer que não cometeu o crime
No último sábado (28), Cesar foi às redes sociais e realizou um vídeo pedindo para que as pessoas parassem de associá-lo ao crime que ele não cometeu. “Precisei fazer o vídeo porque muitas pessoas que me conhecem ficaram assustadas perguntando porque eu estou sumido”, explicou.
Na publicação, ele exibe os termos de declarações prestadas na delegacia, e faz o apelo para que as pessoas passem a divulgar seu vídeo para que a verdade seja espalhada pela internet. “Por favor, nos ajude a divulgar esse vídeo para que a justiça que já foi feita não se torne injustiça para uma pessoa que foi comparada a um criminoso por parecer com ele”, disse Cesar.
“Ser ligado a uma situação como essa mudou minha vida totalmente. Tivemos que sair do local que morávamos, tenho medo de andar na rua porque as pessoas poderiam me confundir”, revelou ele, que ainda contou que sua filha teve que sair da escola e também passou por problemas emocionais. “E tem a questão também de ser tachado de um crime tão horrível e passar pelos julgamentos das pessoas”, lamentou.
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