Para o presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), uma eventual guerra entre a Rússia e a Ucrânia não é interessante para ninguém. A declaração do chefe do Executivo brasileiro foi feita nesta quinta-feira (17) em Budapeste, na Hungria.
No dia anterior, Bolsonaro havia se encontrado com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Já nesta quinta, foi a vez dele se reunir com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. Segundo o chefe do Executivo, no encontro foram discutidos assuntos internacionais que “unem” os dois países como “a proteção das famílias” e também sobre a questão da Rússia com a Ucrânia.
“Trocamos ideias em relação a como é ou não possível a guerra entre a Rússia e a Ucrânia”, começou Bolsonaro, afirmando ter expressado sua opinião de que “uma guerra não seria interessante para ninguém”. Em outro momento, o presidente insinuou que pode ter sido decisivo para que a Rússia anunciasse a retirada de parte de suas tropas de regiões em torno da Ucrânia.
Segundo Bolsonaro, por “coincidência ou não”, o anúncio russo foi feito enquanto ele e sua comitiva estavam se dirigindo ao país. A insinuação do presidente de que ele teria sido uma espécie de “emissário da paz” fez com que ele virasse meme até entre seus apoiadores – especialistas em política trataram a fala do presidente como “amadora”.
Bolsonaro na Hungria
O presidente brasileiro chegou nesta quinta na Hungria. De acordo com Bolsonaro, além do encontro com o primeiro-ministro do país, ele também conversou com o presidente húngaro János Áder.
Um dos temas, afirmou Bolsonaro, foi a Amazônia. Segundo o chefe do Executivo, ele explicou que, em sua opinião, atualmente, existe “muita informação relacionada a esta região que chega a países estrangeiros de forma distorcida”.
Nesse sentido, o presidente do Brasil afirmou que as críticas direcionadas ao seu governo referente à falta de cuidado com a Amazônia, maior floresta tropical do mundo, nada mais são do que “ataques à economia do país”.
Em outro momento, Bolsonaro disse que o encontro com o presidente da Hungria mostrou que ambos compartilham das mesmas ideias. Perguntado quais seriam essas ideias, o chefe do Executivo resumiu em quatro palavras: “Deus, pátria, família e liberdade”.
“Considero o seu país o nosso pequeno grande irmão. Pequeno se considerarmos nossa diferença nas respectivas extensões territoriais e grande pelos valores que nós representamos, que podem ser resumidos em 4 palavras: ‘Deus, pátria, família e liberdade’”, disse o presidente,
“Lutamos juntos pela defesa das famílias e por uma sociedade saudável. Isso é algo que não podemos perder”, frisou Bolsonaro, que ouviu de János Ader que o encontro teve um caráter “histórico”, visto que foi a primeira vez que um chefe do Executivo esteve oficialmente no país.
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