Um guarda civil municipal agrediu e ameaçou pacientes com uma arma em uma unidade de saúde de Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite de sábado (13). De acordo com as informações, a confusão começou depois que pessoas que estavam no local pediram para que suspeito colocasse a máscara facial no rosto.
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Ainda segundo as informações, o guarda estava aguardando por atendimento médico no local. A Prefeitura de Praia Grande disse que um processo administrativo será instaurado para analisar de forma oficial o ocorrido.
O guarda, que não teve seu nome revelado, estava no local para ser atendido após um pico de pressão alta durante o serviço. Segundo a testemunha, ele já chegou na unidade de saúde aparentando irritação. Enquanto estava na fila para ser atendido, com a máscara no queixo, o guarda civil municipal foi alvo de reclamações dos pacientes da unidade de saúde.
Isso porque eles pediam para que ele usasse o item de proteção adequadamente. Irritado, ele agrediu uma jovem paciente que estava na fila, atrás dele. Neste momento, pacientes e profissionais da unidade de saúde se mobilizaram para atender a jovem, que caiu no chão após ser agredida.
Guarda saiu e voltou com uma arma
Depois de agredir a jovem, o guarda foi, novamente, alvo de reclamações e indignação por parte das pessoas que estavam no local. Ele chegou a sair da unidade de saúde e ficar na calçada.
Instantes depois, de acordo com as testemunhas, ele voltou ao pronto-socorro já com uma arma em punho ameaçando a todos, mas não chegou a atirar em ninguém. O guarda foi contido pelos companheiros e levado para casa.
A Polícia Militar (PM) foi acionada e esteve no local, mas a Guarda Civil Municipal assumiu a ocorrência. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Praia Grande, Adriano Roberto Lopes da Silva, o Pixoxó, em nota, revelou que o guarda é associado ao sindicato.
De acordo com ele, a ação do funcionário foi um “pequeno surto”, muito por conta do estresse e desvalorização da categoria. Além disso, o presidente do sindicato informou que acompanhou o guarda até sua casa, onde ele entregou a arma da corporação e uma de uso pessoal ao inspetor chefe de plantão da Guarda Municipal de Praia Grande. O caso não foi registrado pela Polícia Civil.
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