Um anúncio do governo realizado nesta quarta-feira (2) revelou que a intenção é realizar nove privatizações em 2021. De acordo com o comunicado, a intenção faz parte do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), por meio do qual são feitas concessões, privatizações e parcerias com o setor privado para obras e serviços públicos.
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Anteriormente, o Ministério da Economia já tinha listado 126 projetos no PPI. Entre eles, a privatização da Eletrobras, da Casa da Moeda, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), dos Correios, da Telebras, do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a venda de participações acionárias da Infraero.
Nesta quarta-feira, todavia, o governo informou a ampliação da lista, que passa a contar com 201 projetos. Segundo o Ministério da Economia, 115 deles estão previstos para 2021, com expectativa de geração de R$ 367 bilhões em investimentos.
Programação de privatização para 2021
- Eletrobras;
- ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias);
- Emgea (Empresa Gestora de Ativos);
- CeasaMinas;
- Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre);
- Companhia Brasileira de Trens Urbanos – MG;
- Correios;
- Codesa (Companhia Docas Do Espírito Santo);
- Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados).
Frustação do ministro da economia
No começo de outubro, o ministro da economia, Paulo Guedes, revelou que estava “bastante frustrado” por não ter conseguido vender nenhuma empresa estatal em quase dois anos de governo.
Na oportunidade, ele afirmou que “acordos políticos” no Congresso têm impedido as privatizações e, para superar esse obstáculo, ele avaliou que o governo precisa recompor sua base parlamentar.
Para 2020, Guedes havia afirmado que pretendia fazer quatro grandes privatizações: Eletrobras, Correios, Porto de Santos e Pré-Sal Petróleo S.A. Faltando um mês para o fim do ano, porém, nenhuma delas foi a leilão.