Informações divulgadas pelo portal “G1” mostram que o governo federal deixou de utilizar, repassar ou devolver mais de R$ 37 milhões em emendas parlamentares que haviam sido remanejadas para reforçar o combate à Covid-19.
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Por terem sido ignorados pelo Ministério da Saúde, a reportagem ainda explica que os recursos acabaram bloqueados e não poderão mais ser gastos. A quantia deixada de lado pelo governo poderia ser utilizada para a compra de diversos itens como equipamentos hospitalares, por exemplo.
Ou, ainda custear 23.144 diárias de UTIs especializadas. Isso porque, de acordo com o Ministério da Saúde, em rede social, cada leito de UTI destinado à Covid-19 custa R$ 1,6 mil por dia – o dobro de uma UTI tradicional.
Além disso, os recursos ignorados poderiam ter sido usados para abrir uma folga no orçamento da Saúde, o que poderia ter ajudado, por exemplo, na compra de oxigênio hospitalar ou na compra de novos lotes de vacina.
Recurso para combate à Covid-19
Em julho do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) editou uma medida provisória que remanejou recursos de emendas orçamentárias dos deputados para reforçar o combate à Covid-19.
À época, os parlamentares autorizaram que recursos que seriam destinados a obras de quadras esportivas e parques em seus redutos eleitorais, por exemplo, fossem redirecionados para medidas destinadas a combater a Covid-19.
No entanto, em novembro, o prazo da medida provisória expirou sem que o texto fosse aprovado em definitivo pelo Congresso Nacional. Com isso, os créditos gerados pela MP e ainda não autorizados pelo Ministério da Saúde foram bloqueados pelo governo.
De acordo com os parlamentares, os recursos ficaram parados por desorganização do governo federal. Agora, esse recurso não poderá ser usado para o combate à Covid-19, nem devolvido à destinação inicial.