O Governo Federal pode restringir o acesso ao seguro-desemprego. Pelo menos foi isso o que disse Waldery Rodrigues. Ele é secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia. A ideia é que a restrição ajude na criação do programa Renda Brasil.
De acordo com Waldery, o governo trabalha com duas possibilidades. A primeira é que o período de carência passe por uma mudança. Ou seja, um trabalhador teria que passar mais tempo trabalhando para ter o direito de pedir o benefício.
A outra possibilidade é uma redução no número de parcelas do seguro-desemprego. Ou seja, o trabalhador passaria menos tempo recebendo. Nos dois casos, o Governo Federal conseguiria economizar dinheiro para a criação do programa social.
Pela regras atuais, o seguro-desemprego é entregue para trabalhadores que passaram por uma demissão sem justa causa. Ele precisa estar trabalhando por, no mínimo, 12 meses em um mesmo local. Já o total de parcelas varia entre três e cinco meses.
Pela ideia de Waldery, há uma possibilidade de que esse número de meses de trabalho passe para 15, 20 ou até 24 meses. Assim, os trabalhadores passariam por dificuldades maiores para ter acesso ao benefício.
Renda Brasil
Não se sabe como o presidente Jair Bolsonaro reagiu a esta ideia. Recentemente, quando a ideia inicial era cortar benefícios como o Farmácia Popular, ele se opôs. “Não vou cortar de pobre para dar para paupérrimo”, disse ele.
Seguro-desemprego
Para realizar mudanças no seguro-desemprego o governo não deverá ter vida fácil. É que trata-se portanto de uma mudança constitucional. A ideia, ainda de acordo com Waldery, é colocar essa regra dentro da PEC do Pacto Federativo.
Seja como for, essa PEC sequer passou por uma apresentação no Senado ainda. Ou seja, o governo tende a ter um caminho longo pela frente. Mas em caso de aprovação, a medida pode acabar prejudicando muita gente. Mais de 4 milhões pediram seguro-desemprego só no primeiro semestre.
No final sempre é o povo que se lasca porque não tira este dinheiro do fundo eleitoral ou dos penduricalhos dos políticos se tirar metade dos auxílios dos parlamentares e dos malandros do judiciário daria pra dar os 600 reais pra quem tanto precisa sem problemas algum