O secretário de Desenvolvimento Regional de São Paulo, Marco Vinholi, declarou na manhã desta segunda-feira (8) que o governo paulista vai apertar a fiscalização no período da noite. O intuito é tentar restringir a circulação de pessoas e controlar o coronavírus no estado. No domingo, no entanto, São Paulo atingiu pela primeira vez a marca de 80% de ocupação em UTIs voltadas à Covid-19. Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, Marco Vinholi disse que o chamado “toque de restrição” está funcionando e, por isso, as autoridades têm conseguido fiscalizar e coibir aglomerações.
Fiscalização noturna no estado de São Paulo
“Vamos ao longo de toda essa semana apertar a fiscalização à noite. Esse toque de restrição tem sido efetivo. Portanto, ‘a gente’ está conseguindo de forma mais dura fazer com que essas aglomerações clandestinas possam ser fiscalizadas e coibidas”, declarou. O estado de São Paulo está na fase vermelha desde sábado. Nesta fase, apenas serviços essenciais podem funcionar. A medida vale até 19 de março, com possibilidade de prorrogação. De acordo com o secretário, houve uma melhora nos índices de isolamento social no sábado. Foram quatro pontos a mais comparado ao sábado da semana anterior no estado e três pontos a mais na capital.
Colaboração da população
Vinholi salientou que o estado está no período mais contundente da pandemia. Desde sexta-feira (5) mais 300 novos leitos foram disponibilizados. Ele pediu a colaboração de todos para que o sistema de saúde possa suportar este momento mais agudo. “Essas medidas que estamos implementando agora serão fundamentais para arrefecer essa curva que estamos a ter no nosso sistema de saúde. Suportando assim toda essa pressão que vem recebendo hoje.” Portanto, a fiscalização deve ser mais efetiva nos próximos dias.
Explosão de internações
Como em outras regiões do Brasil, o estado vem registrando uma explosão de internações. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, na última semana foram internadas, em média, mais de 2.000 pessoas por dia, entre enfermaria e UTI, nas redes pública e privada.