O governo continua buscando a aprovação de fontes que consigam bancar a ampliação do valor do Auxílio Brasil, o programa criado para substituir o Bolsa Família. A informação foi dada pelo ministro da Cidadania, João Roma, que voltou a afirmar que a ideia é que por volta de 17 milhões de pessoas sejam contempladas com cerca de R$ 300 ao mês.
Durante entrevista ao programa Brasil em Pauta, da “TV Brasil”, na noite de domingo (17), ele detalhou que, atualmente, o Bolsa Família é oferecido para cerca de 14,6 milhões de famílias com um pagamento mensal médio de R$ 190.
Segundo o chefe da pasta, a ideia é “elevar esse ticket médio para cerca de R$ 300”, transformando assim o Auxílio Brasil em um benefício permanente, que deve ter suas fontes anunciadas muito em breve.
“Acredito que, nos próximos dias, o presidente Bolsonaro deve reunir toda equipe, tanto do Ministério da Cidadania como do Ministério da Economia, para apontar as fontes de recursos. É uma decisão de governo”, afirmou durante a entrevista.
Fontes para o Auxílio Brasil
Durante sua participação no Brasil em Pauta, o ministro explicou que, entre as possíveis fontes de custeio do programa está a advinda da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata sobre os Precatórios. O texto em questão servirá para abrir espaço no teto de gastos.
Além disso, João Roma também destaca um outro projeto, que assim como o dos Precatórios, hoje, se encontra em discussão no Congresso Nacional, o da reforma do imposto de renda, que prevê que a faixa de isenção passe de R$ 1.903,98 para R$ 2.500 mensais e que investidores passem a ser taxados em 15% sobre seus lucros e dividendos.
Aposta de Bolsonaro
O Auxílio Brasil, a versão “turbinada” do Bolsa Família, é uma das apostas do presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido), que tem visto sua popularidade cair nas últimas pesquisas eleitorais para as eleições do próximo ano. Este benefício, marcado para começar a ser distribuído a partir de novembro, vem para, além de substituir o Bolsa Família, ser o sucessor do Auxílio Emergencial, que terá sua última parcela paga agora neste mês de outubro.
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