Por conta de um ataque hacker aos sites do Ministério da Saúde e ao ConecteSUS, o governo federal adiou a portaria que exige quarentena de 5 dias aos viajantes não vacinados que chegam ao Brasil. Com isso, a medida que passaria a valer a partir de hoje (11), será colocada em prática apenas no dia 18 de dezembro.
O anúncio foi feito pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, em entrevista à jornalistas na sexta-feira (10).
“O ministério está estruturando algumas ações que vão ser tomadas em função da indisponibilidade, em especial do sistema da vacina, mas uma decisão já posso antecipar: estive na Casa Civil, e a gente vai postergar a vigência da portaria que trata das fronteiras, em especial aqueles itens que falam sobre apresentação do certificado de vacinação ou, em caso contrário, cumprimento da quarentena”, disse Cruz.
O ataque hacker que aconteceu na madrugada de quinta para sexta tirou do ar os sites do Ministério da Saúde e do ConecteSUS, plataforma onde a população pode consultar os dados da vacinação contra Covid-19 e gerar o comprovante.
Ao detectar a invasão e o comprometimento de alguns sistemas, a pasta acionou a Polícia Federal (PF) e o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República para investigar o caso.
Dados de vacinação devem voltar ao ar em breve
O ataque cibernético foi confirmado tanto por Cruz quanto pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
“Não podemos dar muitos detalhes do ataque porque todos os órgãos estão investigando o caso”, disse o secretário-executivo. De acordo com ele, a empresa responsável por armazenar os dados do ministério na nuvem bloqueou todos os acessos.
Queiroga condenou o ataque, classificando-o como uma “atitude criminosa”, e afirmou que os dados de vacinação estarão disponíveis novamente dentro de pouco tempo.
“Uma atitude criminosa, né, de um hacker. Está sendo investigada pela Polícia Federal e pelo Gabinete de Segurança Institucional. Hoje, o empenho total é para esses dados estarem disponíveis no mais curto prazo possível. Está sendo investigado e, assim que tiver alguém culpado, será exemplarmente punido”, declarou o ministro Marcelo Queiroga em entrevista à GloboNews.