Os combustíveis ficam mais caros a partir de amanhã (9). Em resumo, a gasolina terá um reajuste de mais de 9,2% nas refinarias, enquanto o diesel subirá 5,5%. As altas seguem a elevação internacional dos preços do petróleo nas últimas semanas, bem como a desvalorização do real brasileiro frente ao dólar. A saber, a Petrobrás fez o anúncio sobre as elevações dos preços nesta segunda-feira (8).
Vale ressaltar que este é o sexto aumento da gasolina em 2021. Aliás, no acumulado do ano, com esta nova variação, o preço da gasolina está 54% mais caro nas refinarias em relação ao mesmo período do ano passado. Com a nova alta, o litro do combustível passa a custar R$ 2,84, o que representa uma alta de R$ 0,24 por litro. A propósito, em dezembro de 2020, o litro custava R$ 1,84, ou seja, R$ 1,00 a menos.
Ao mesmo tempo, o diesel sobe pela quinta vez neste ano. Assim, o crescimento acumulado em 2021 chega a 41,6% nas refinarias. O preço do litro passa, então, de R$ 2,71 para R$ 2,86. Assim, com o novo reajuste, o diesel continua custando mais caro que a gasolina às distribuidoras, mesmo com a gasolina sofrendo uma alta mais intensa.
Gasolina e diesel mais baratos que a média internacional
No início de fevereiro, a Petrobras afirmou que a sua política de alinhamento de preços dos combustíveis continuava seguindo o praticado internacionalmente. À época, a estatal confirmou, em nota, que esse alinhamento seria “fundamental para garantir que o mercado brasileiro (continuasse) suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.
Já no dia 18 de fevereiro, a estatal realizou mais uma elevação nos preços dos combustíveis. E, por não concordar com a decisão da estatal, o presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite do dia seguinte a troca do presidente-executivo Roberto Castello Branco, que ocupava o posto desde o início do governo, em janeiro de 2019, pelo general Joaquim Silva e Luna. Isso provocou grande medo entre investidores sobre ingerência governamental em outras estatais do país. Aliás, chegou a provocar uma perda de quase R$ 75 bilhões em valor de mercado em apenas um único pregão.
Contudo, apesar da decisão de Bolsonaro, o mandato do atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, segue até o dia 20 de março. Por isso, até que o mesmo saia do cargo, parece haver uma disposição a elevar os preços a cada semana.
Reajustes aos consumidores dependem dos postos de combustíveis
Por fim, vale ressaltar que os valores finais para os consumidores variam em cada posto. Assim, os ajustes dependem dos donos dos estabelecimentos. Diversos fatores, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra, influenciam diretamente na definição do preço dos combustíveis. Também é bom lembrar que há livre concorrência no mercado brasileiro, podendo cada posto de combustível definir os seus reajustes. E cabe à população pesquisar os mais econômicos.
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