O Governo da França irá barrar viagens não essenciais entre o país e o Reino Unido a partir do próximo sábado (18). A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, 16, em virtude da agilidade na disseminação da variante ômicron da Covid-19 entre os países britânicos.
Portanto, a partir da meia-noite de sábado, os viajantes, vacinados ou não, deverão comprovar um motivo extremamente importante para justificar a ida ou volta do Reino Unido. Se essas exceções forem concedidas, o viajante precisará fazer um teste com resultado negativo para Covid-19 e informar o seu endereço na França.
O governo francês também estabeleceu como indispensável, um período de isolamento de sete dias contados de imediato a partir da chegada do viajante à França. Os viajantes terão autonomia para escolherem o local no qual desejam passar a quarentena. No entanto, ele fica livre da reclusão após 48 horas, se o teste para Covid-19 realizado no desembarque apresentar resultado negativo.
Se tratando de cidadãos franceses e familiares que retornam do Reino Unido, estes não precisarão alegar alguma razão importante para a entrada no país. Mas ainda assim deverão cumprir os demais requisitos apresentados. Por esta e outras razões, a França também limitou as viagens de turismo e profissionais para os não residentes.
No Reino Unido, onde a variante ômicron do novo coronavírus se espalha em uma velocidade alarmante, já foi responsável por um novo recorde de casos diários. O Reino Unido registrou 78.610 casos positivos para Covid-19 desde o início da pandemia em meados de março de 2020.
Enquanto isso, a França identificou e registrou 240 casos de ômicron, mas é bem provável que o número oficial seja ainda maior. Segundo o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, a medida de proibir as viagens entre a França e o Reino Unido é uma maneira de minimizar a propagação enquanto o país avança a campanha de vacinação que já começou a aplicar as doses de reforço.
Essa determinação alterou repentinamente os planos de viagens de ambos os lados do Canal da Mancha, justamente na semana que antecede o Natal. Conforme apurado, mais de 90 mil assentos estavam disponíveis em centenas de voos programados entre a França e o Reino Unido, segundo a empresa de análise de aviação Cirium. Mas com as novas regras, eles devem estar praticamente vazios.
Na oportunidade, Max Blain, o porta-voz do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, declarou que a criação de uma lista vermelha para limitar as viagens, não seria a medida mais eficaz ou proporcional. Além disso, Johnson não havia entrado em contato com o presidente francês, Emmanuel Macron, para tratar sobre a mudança. No entanto, o premiê disse que não tem a intenção de adotar uma medida recíproca por hora.