Uma força-tarefa criada para fiscalizar estabelecimentos que atentam contra o decreto que visa frear a disseminação da Covid-19 no estado de São Paulo e proíbe aglomerações na região por conta da pandemia encerrou uma festa clandestina com 658 pessoas na madrugada deste domingo (04) na Vila Jaguará, Zona Oeste da capital.
De acordo com as informações, o estabelecimento tinha 620 clientes e 38 funcionários no momento em que chegou a força-tarefa. Dessas pessoas, 310 estavam sem máscara de proteção, objeto obrigatório em ambientes fechados.
Atualmente, o funcionamento de casas noturnas é proibido na atual fase de transição do Plano SP. Com isso, a multa para o desrespeito ao uso de máscara em espaços públicos e particulares de uso comum é de R$ 524.
Por outro lado, os estabelecimentos comercias podem ter de pagar R$ 5.025 para cada pessoa que estiver no local sem a proteção. Além disso, existe a previsão de uma multa de R$ 1.380,50 se o estabelecimento não afixar placas que informam sobre a obrigatoriedade da máscara.
Em nota, o governo do estado explicou que no local tinha extintores de incêndio sem carga e não havia saída de emergência. Para piorar, a ventilação era ruim e houve um princípio de foco de incêndio quando um carvão de narguilé caiu em um sofá.
Festa camuflada
De acordo com as informações, para despistar as autoridades, a casa noturna estava “camuflada” com uma espécie de barraco de madeira que foi montado na entrada para disfarçar, deixando o local semelhante a um depósito.
Enquanto a ação acontecida, um homem se apresentou como advogado do estabelecimento e discutiu com os responsáveis pela fiscalização.
Apesar de afirmar ser o defensor do local, ele, que não apresentou sua identificação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acabou sendo detido porque estava alterado e acabou desacatando os agentes que estavam na operação.
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