Agentes da Polícia Civil prenderam, nesta quinta-feira (02), três falsos policiais na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. De acordo com a corporação, o trio em questão utilizava até mesmo ordens judiciais falsas, com assinatura de uma juíza da Vara de Tóxicos da capital, para enganar suas vítimas.
Em nota, a Polícia Civil relatou que as investigações contra os suspeitos começaram depois que uma vítima denunciou o caso à corporação. Segundo essa pessoa, os acusados, de 32, 38 e 48 anos, teriam ido até a casa dela e apresentado um mandado de busca e apreensão e mais relatório de investigação, tudo falsificado.
Não suficiente, eles apresentaram identidades funcionais e distintivos da Polícia Civil de Minas Gerias. “Os documentos apresentados eram semelhantes aos usados pela Polícia Civil e continham nomes de policiais de forma indevida”, informou a corporação.
Depois de entrarem na casa da vítima, os falsos policias tentaram extorqui-la, ameaçando cumprir um mandado de prisão inexistente. “Para não cumprirem a falsa ordem judicial, eles teriam exigido o valor de R$ 130 mil”, detalhou a entidade.
Antes de pagar a quantia, a vítima foi até a delegacia e denunciou o fato. Com isso, a equipe policial acompanhou a pessoa até o local onde seria pago o valor acordado para prendê-los em flagrante, o que acabou acontecendo.
Na abordagem dos suspeitos, os agentes ainda apreenderam um veículo, três identidades funcionais falsas, um distintivo da Polícia Civil, dois porta-documentos da Polícia Civil, um simulacro de arma de fogo e R$ 10 mil em dinheiro.
Falsos policiais fizeram mais vítimas
Daniel Araújo, delegado responsável pelo caso, disse que a Polícia Civil realizou levantamentos e constatou que os investigados já teriam cometido outros crimes de extorsão e furto, adotando sempre a mesma abordagem.
“Até o momento, três vítimas foram identificadas. A polícia acredita que existam mais vítimas tanto na capital quanto no interior”, informou o delegado, que ainda explicou que a investigação contra os falsos policiais durou uma semana.
“Esse serviço durou uma semana, tamanha foi a intensidade dos policiais na rua para prender esses suspeitos, que utilizavam o nome da nossa instituição de forma criminosa”, relatou o delegado.
Até 30 anos de prisão
A informação é que os suspeitos irão responder por extorsão e furto qualificado, além de falsificação de documento público e uso de documento falso. Caso sejam condenados pelos crimes, os acusados podem pegar uma pena de mais de 30 anos de prisão.
Por fim, a corporação ainda revelou que as investigações continuam com o intuito de, além de localizar mais vítimas, identificar outros envolvidos no esquema e também a forma como os suspeitos tiveram acesso a informações para a produção dos documentos apreendidos.
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