Rodrigo Malaquias, ex-diretor da Penitenciária Nelson Hungria, localizada em Contagem (MG), foi preso, na manhã desta quinta-feira (8), suspeito de ser o líder de um esquema de corrupção em presídios de Minas Gerais.
Leia também: Bolsonaro diz que acabou com a Lava Jato por não ter mais corrupção no governo
Segundo as investigações, um grupo criminoso comandado por servidores públicos e advogados negociavam a venda de vagas em unidades prisionais do Estado. Além disso, esses criminosos acordavam regalias como, por exemplo, a entrada de objetos não permitidos.
De acordo com a Polícia Federal (PF), presos que representam um alto perigo à sociedade eram transferidos indevidamente de unidade. A transferência ocorria após um pagamento, que era repartido entre os líderes da organização. Esses acordos também proporcionavam aos detentos estar em alas com benefícios que estes não teriam direito diante das normas penais.
A PF identificou inúmeros eventos de corrupção praticados pela organização criminosa, envolvendo, principalmente, a Penitenciaria Nelson Hungria, em Contagem, e o Presídio José Marial Alckimim, em Ribeirão das Neves, ambas localizadas em Belo Horizonte (MG).
Rodrigo Malaquias é preso
Malaquias foi preso na cobertura de um prédio onde mora, em Belo Horizonte (MG). A corporação apreendeu documentos e um computador. Ele saiu do prédio escoltado e foi levado para uma sede da corporação, acompanhado da mulher, que é policial civil.
Além disso, a Justiça bloqueou um apartamento de alto padrão do suspeito, uma moto e um carro avaliado em R$ 130 mil. A prisão foi feita durante uma operação da PF, juntamente com a Polícia Civil de Minas Gerais, com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG), e com o Departamento Penitenciário Federal (DPF).