A combinação de tocilizumabe, um medicamento usado até agora para tratar a artrite reumatoide, e um corticosteroide como a dexametasona, pode reduzir pela metade as mortes nos pacientes mais graves com Covid-19. Isso quem afirma são os resultados de um estudo clínico divulgado nesta sexta-feira (12) no Reino Unido.
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De acordo com um comunicado emitido pelos responsáveis pelo teste Recovery, liderado pela Universidade de Oxford, o efeito sobre a mortalidade foi identificado em pacientes hospitalizados com hipoxia —deficiência de oxigênio— e inflamação significativa que necessitaram de ventilação mecânica invasiva.
Segundo os dados, no caso de pessoas admitidas que necessitavam apenas de tratamento com oxigênio não-invasivo, as mortes diminuíram em cerca de um terço após o uso das duas drogas.
Vale a pena lembrar que o mesmo estudo em larga escala, em colaboração com o sistema de saúde pública do Reino Unido, já havia encontrado a dexametasona, uma substância de baixo custo que reduz a inflamação e ajuda a salvar vidas entre os pacientes em estado grave.
Como usar os medicamentos
De acordo com os pesquisadores, o estudo serviu para que fosse constatada a informação de que o tocilizumabe, que é administrado por via intravenosa, pode reduzir a mortalidade em 4% se administrado sozinho e que seu efeito é amplificado quando usado em combinação com o corticosteroide.
Os resultados do estudo
Para chegar à conclusão de que os medicamentos podem ser úteis no combate à pandemia, o estudo utilizou 4116 voluntários, sendo que, 2.022 deles receberam o medicamento para artrite enquanto os outros 2.094 foram assistidos com os cuidados habituais.
Os resultados indicam que 596 dos indivíduos que receberam tocilizumabe morreram em 28 dias (29%), comparado com 694 daqueles que não foram tratados com a droga (33%).
No fim, o estudo constatou que, para cada 25 pessoas tratadas com a droga, uma vida foi salva, de acordo com os responsáveis pelo julgamento. O fármaco também aumentou as chances de alta dos pacientes em 28 dias, de 47% para 54%.
“O impacto duplo de dexametasona e tocilizumabe é impressionante e muito bem-vindo“, enfatizou o chefe adjunto da pesquisa Recovery, Peter Horby, da universidade de Oxford, no comunicado.
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