Celulares, laptops e tablets foram furtados em julho do depósito do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), no Rio de Janeiro, durante uma obra. Depois das investigações, constatou-se que quem tinha furtado esses itens havia sido um estagiário do Ministério Público.
De acordo com as informações publicadas nesta terça-feira (09) pelo jornal “O Globo”, por conta dos furtos, o jovem, que é menor de idade, foi desligado do órgão e ainda apreendido depois que confessou que furtou, de fato, os aparelhos.
Ainda conforme o MP, esses itens estavam em posse do Estado porque foram apreendidos durante a Operação Favorito, um desdobramento da Lava Jato em que foram denunciados o empresário Mário Peixoto, o ex-deputado estadual Paulo Melo e outras 15 pessoas.
Essa ação também serviu para a investigação que apurou os contratos suspeitos na Saúde do Rio de Janeiro, fato este que ajudou no impeachment do ex-governador do estado, Wilson Witzel.
Estagiário atuou pouco tempo
Segundo o MP, o estagiário chegou ao órgão em junho, período este em que a obra do Gaeco começou. Um mês depois, funcionários que trabalham no local perceberam que haviam invólucros violados no depósito: eram neles que deveriam estar os eletrônicos.
Com as investigações, constatou-se que o jovem tinha sido o autor do furto e, por isso, ele acabou sendo desligado de suas funções. Na ocasião, ele devolveu dois celulares e ainda revelou quem havia ficado com os outros equipamentos que ele subtraiu.
A revelação do jovem culminou em uma operação nas favelas Mandela e Arará, no Complexo de Manguinhos, ambas na capital carioca. Por lá, agentes do MP e da Polícia Militar (PM) encontraram os receptores e conseguiram recuperar dois aparelhos. Agora, o estagiário deverá responder na Vara da Infância pelo ato infracional análogo a furto.
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