A Polícia Civil de São Paulo está investigando Elize Matsunaga, mulher que foi condenada pela morte e esquartejamento do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki Alimentos, por suspeita de uso de documento falso para trabalhar em uma empresa de construção civil no município de Sorocaba, no interior do estado.
De acordo com informações do jornal “O Globo”, nesta terça-feira (28), Elize Matsunada tinha como intuito acompanhar obras dentro de condomínios de luxo da região. Segundo a publicação, para ter acesso ao trabalho, é preciso apresentar atestado negativo para antecedentes criminais e, por isso, a suspeita teria apresentado um documento falso.
“Elize teria pego o documento em nome de outro funcionário e colado por cima seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini”, informou o jornal. Logo, Elize foi detida em Franca (SP), onde atualmente reside e trabalha como motorista de aplicativo, nesta última segunda-feira (27), e levada para Sorocaba, onde foi ouvida e, posteriormente, liberada.
Em depoimento, Elize Matsunada teria negado que seja autora da falsificação e ainda que tenha usado tal documento. “Os policiais teriam ido até a antiga residência de Elize em Sorocaba e vasculhado seus armários”, afirmou o jornal. No local, a polícia encontrou fotos e vídeos de Elize ingerindo bebidas alcoólicas na praia, algo que ela não pode fazer, pois isso viola a condicional do regime aberto.
Motorista de aplicativo
Na semana passada, assim como publicou o Brasil123, surgiu a notícia de que Elize está como motorista de aplicativo. De acordo com informações compartilhadas pelo jornalista Ulisses Campbell, Elize Matsunaga está trabalhando como motorista em três aplicativos, na região de Franca (SP).
Elize Matsunaga, por conta do assassinato do marido, foi condenada, em um primeiro momento, a 19 anos e 11 meses de prisão. Em 2019, todavia, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) optou por reduzir a pena da assassina para 16 anos e três meses. Após ter cumprido dez anos em regime fechado no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, a mulher conseguiu progredir para a liberdade condicional.
Ainda segundo o jornalista Ulisses Campbell, que é o autor do livro que conta sobre o assassinato cometido por Elize Matsunaga, passageiros ouvidos por ele relataram que a condenada é “bem tranquila”.
O jornalista, além de lembrar que Elize Matsunaga tem cursos de bacharel em Direito, Contabilidade, Técnica em Enfermagem e até de Sommelier, e revelar que como condutora a condenada tem uma nota de 4.80 e utiliza um Honda Fit, o jornalista destaca o fato de a mulher ter escolhido um trabalho onde tem contato com o público, mesmo após um crime de repercussão nacional.
“Essas mulheres que cometeram crimes de repercussão nacional, como a Suzane von Richthofen, escolheram voltar à sociedade em empregos de atendimento ao público quando o natural seria se esconder. Isso chama a atenção”, relatou Ulisses Campbell.
Leia também: Netflix tem série documental sobre Elize Matsunaga, veja!