Edney Silvestre se pronunciou, em vídeo publicado no Instagram, nesta terça-feira (20), sobre sua trajetória de sucesso na TV Globo. O jornalista foi demitido da emissora após 30 anos de contribuição – ele já foi correspondente em Nova York e esteve em diversos telejornais do canal.
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Emocionado, ele se lembrou de sua primeira aparição na Globo: “A primeira vez que você me viu na telinha da Globo, seguramente eu estava vestindo assim, de paletó, gravata, bem formal. Possivelmente eu estava usando um sobretudo também, pois era uma noite fria de inverno, em dezembro, num espaço aberto, com um vento de cortar as orelhas… Foi assim a minha estreia”.
“Hoje eu venho aqui para me despedir. Hoje eu estou aqui, depois de cobrir os atentados terroristas de 11 de setembro, em Nova Iorque, depois de uma série de reportagens no Iraque, depois de entrevistar grandes estrelas de Hollywood e do cinema europeu”, discorreu ele, ao falar sobre seus feitos na emissora.
Por fim, o repórter agradeceu pelo companheirismo e audiência dos fãs: “Na telinha da Globo você não vai me ver mais, a não ser que seja em reprises, é claro. A razão de eu estar aqui hoje, é para agradecer pelos 26 anos de apoio, de palavras generosas, de carinho. Isso não é um adeus, isso é um tchau com a minha gratidão. Então, um até breve ou um até já”.
Em pronunciamento para a Folha de São Paulo, ele admitiu que ficou surpreso com a saída: “Foi decisão da empresa. Na rescisão de contrato que assinei estava a frase: ‘demitido sem justa causa’. Fiquei surpreso, sim. Estava trabalhando num Globo Repórter sobre mudanças de comportamento nos últimos 50 anos, para ir ao ar em abril. E tinha tido outra edição do programa sobre ‘novo envelhecimento’, com forte repercussão nas redes sociais e na audiência”.
Relembre a carta aberta da saída de Edney
Edney Silvestre teve sua saída da TV Globo anunciada, em carta aberta, pelo diretor geral de jornalismo da TV Globo, o Ali Kamel. O site Terra, que obteve o comunicado na íntegra na última segunda-feira (19), revela que Ali discorreu sobre o tempo que passou com o colega durante o jornal O Globo.
“Eu era diretor da sucursal do Globo em Brasília quando, numa visita ao Rio, Evandro Carlos de Andrade, então diretor de redação do jornal, me chamou para comentar uma coluna que Edney acabara de estrear no Ela. Evandro estava empolgado com o estilo de Edney, aquele olhar agudo para o que acontecia ao redor dele e no mundo, um texto às vezes irônico e ferino, mas sempre verdadeiro e elegante”, escreveu ele.
Kamel ainda falou sobre o êxito do colega na literatura e celebrou: “Depois de 30 anos brilhando no Globo e aqui, Edney encerra seu ciclo no nosso jornalismo. Deixa sua marca e um legado. Que aqueles que queiram desbravar 30 anos ou mais à frente, não importa a idade ou experiência, se inspirem nele. Ao Edney, colega de profissão e amigo, muito obrigado”.
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