Nesta quinta-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria, e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, trocaram farpas e acusações no Twitter sobre a vacinação de crianças contra Covid-19. Tudo começou quando Doria questionou a fala do ministro sobre a imunização infantil não ser um tema emergencial.
Em uma entrevista, Queiroga afirmou que “óbitos de crianças estão dentro de patamar que não implica em decisões emergenciais” quando questionado sobre a realização de consulta e audiência públicas para decidir se crianças de 5 a 11 anos devem ser vacinadas contra a Covid-19.
Doria prontamente usou o Twitter para rebater a fala do ministro, dizendo que “não há patamar aceitável para mortes de crianças”. O governador ainda afirmou que os imunizantes salvam até mesmo “os loucos negacionistas”.
“Não há patamar aceitável de óbitos para crianças, Marcelo Queiroga! Isso é crime. Vacinas salvam crianças e adultos. Salvam até os loucos negacionistas.”, postou João Doria, em seu perfil no Twitter.
Queiroga rebateu critica de Doria sobre vacinação de crianças
Mostrando irritação com a postagem do governador paulista, Queiroga acusou Doria de ser responsável pela “pior gestão entre todos os estados durante o enfrentamento à pandemia da Covid-19″. O ministro ainda voltou a afirmar que Bolsonaro foi o responsável por comprar as doses da vacina.
“João Doria agora quer reescrever a história pra tentar se eximir de ter feito a pior gestão durante a pandemia entre todos os Estados. Os paulistas não merecem um governo tão medíocre. Vacinas salvam vidas sim e o governo do presidente Jair Bolsonaro foi o responsável por comprar e distribuir cerca de 400 milhões de doses a todos os brasileiros. Resultado: diminuição em 90% do número de óbitos e casos desde que aceite a missão delegada pelo meu Presidente! Isso é fato. O resto é espuma de quem busca holofotes.”, postou no Twitter o ministro Marcelo Queiroga.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos na última quinta-feira (16). No entanto, o governo federal optou por não iniciar imediatamente os trâmites necessários para garantir a imunização da população infantil, preferindo abrir uma consulta pública sobre o tema. A decisão final deve ser divulgada no começo de janeiro.