O dólar comercial sofreu um forte baque nesta quinta-feira, dia 10, e está a um triz de custar menos que R$ 5,00. Aliás, a última vez que o preço da moeda americana ficou abaixo desta marca foi no dia 10 de junho, quando encerrou o dia cotado a R$ 4,9334. E o resultado de hoje recebeu influência de diversos fatores, principalmente os internos.
Em resumo, a moeda norte-americana caiu 2,63% no pregão de hoje e encerrou o dia cotada a R$ 5,0376. Aliás, um grande influenciador da queda do dólar foi o Banco Central (BC) brasileiro. A autoridade monetária endureceu o discurso sobre a taxa básica de juros, a Selic, indicando que há a possibilidade de aumentá-la para conter a alta dos preços. Ocorrendo a elevação no nível da Selic, o dólar tende a ser depreciado, uma vez que a taxa básica de juros fica mais atrativa para capitais estrangeiros optarem pela renda fixa do Brasil. Dessa forma, com a perspectiva de mais moeda americana circulando no país futuramente, seus preços reagem com queda no presente.
Além disso, o BC realizou um leilão extraordinário de swap (venda de dólar no mercado futuro) na manhã desta quinta-feira. A medida realizou a venda de US$ 800 milhões. E isso aconteceu, pois o Banco Central vem recebendo grande demanda dos bancos por moeda americana para que eles possam fazer ajustes de fim de ano em seus caixas.
Também vale ressaltar que a entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira também contribuiu para a forte queda do dólar no pregão de hoje.
Veja outros fatores que puxaram o dólar pra baixo
Em suma, o BC figurou como o principal fator da queda da moeda americana no dia, com diversas ações que contribuíram para o resultado. No entanto, o Banco Central Europeu (BEC) também anunciou um série de novas medidas para combater a Covid-19 no continente. A saber, a nova rodada de ajuda financeira é vista como “recalibragem” das medidas adotadas anteriormente, e não como “estímulo adicional”.
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