A CPI da Covid irá protocolar hoje (6) um pedido de informações sobre quem teria autorizado os jogadores argentinos a entrar em campo no domingo (5) contra o Brasil em partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.
De acordo com o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), caso as informações não sejam obtidas após o pedido, a Comissão avalia convocar representantes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Vamos enviar requerimento à CBF, através da CPI da Pandemia, solicitando resposta para o seguinte: Com quais autoridades o Governo Brasileiro fez ‘acordo’ para burlar as regras sanitárias da Anvisa?”, escreveu o senador no Twitter.
“Foi dito por vários interlocutores, inclusive pela Conmebol, que havia um ‘acordo’ para com as autoridades do governo brasileiro para a participação dos quatro jogadores que foram identificados pela Anvisa burlando as normas sanitárias do nosso país”, disse Randolfe Rodrigues em entrevista à GloboNews.
“Nos interessa muito menos a questão do futebol. Nos interessa demais saber quais foram as autoridades brasileiras que constituíram eventual acordo que tenha ocorrido burla às normas sanitárias do nosso país.”, afirmou o vice-presidente da CPI da Covid.
Jogadores argentinos quebraram protocolo sanitário
No domingo (5), agentes da Anvisa entraram no campo da Neo Química Arena, em São Paulo, para interromper a partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias, pois quatro jogadores argentinos que passaram pela Inglaterra antes de virem ao Brasil não cumpriram a quarentena obrigatória para quem chega ao país a partir do Reino Unido.
Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa, pediu a deportação dos jogadores, alegando que eles mentiram na declaração de entrada ao Brasil. Por outro lado, a CBF alega que um acordo foi feito com o governo brasileiro.
“Quem são essas autoridades? Por que elas participaram de acordo contra a norma legal existente no Brasil em relação a normas sanitárias? Isso sim é um tema para averiguação da comissão parlamentar de inquérito.”, questiona Randolfe.