Senadores que compõem a CPI da Covid-19 irão ouvir Ivanildo Pereira Gonçalves, o motoboy que sacou R$ 4,7 milhões em dinheiro vivo para a empresa VTCLog, que é investigada pela Comissão. A convocação foi aprovada nesta quarta-feira (25).
De acordo com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19, a convocação do motoboy serve para reforçar as possíveis irregularidades cometidas na negociação de compras de vacinas pelo Ministério da Saúde.
Segundo uma matéria publicada pelo “Jornal de Brasília”, Ivanildo confessou que realizou o saque do dinheiro. Todavia, as investigações levam a crer que o motoboy agiu como um laranja. Isso porque, apesar da grande quantia, o homem vive uma vida simples em Sobradinho, cidade satélite de Brasília.
A expectativa era a de que o motoboy fosse ouvido já nesta quinta-feira (26). Todavia, os senadores preferiram escalar José Santana, lobista da Precisa Medicamentos, para prestar depoimento na data.
CPI inclui mais investigados na lista
Durante o dia, os senadores também decidiram incluir mais três pessoas na lista de investigados da CPI da Covid-19, sendo eles:
- Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos;
- Roberto Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, que é suspeito de pedir propina para negociar a compra de imunizantes;
- E Emanuel Catori, sócio da Belcher Medicamentos. A empresa em questão é investigada pelos senadores por possíveis irregularidades entre a pasta da Saúde e o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
Com os três novos investigados, chega a 18 o número de pessoas que estão no foco da CPI da Covid-19.
Mais solicitações
Também nesta quarta (25), o senador Humberto Costa (PT-PE), integrante da CPI, sugeriu ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão, que ele inserisse na lista de investigados mais uma pessoa.
O nome sugerido pelo senador é o de Laurício Monteiro Cruz, ex-diretor de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. Todavia, até o momento, o relator ainda não respondeu se vai ou não acatar o pedido.
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