Nesta quarta-feira (22), o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse que a gestão municipal procurou a Pfizer para comprar a vacina contra Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. O imunizante, até o momento, é o único autorizado para uso infantil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A negociação foi aberta de modo direto entre o Rio e a Pfizer, pois o governo federal ainda não garantiu que vacinará crianças contra a Covid-19. Além da capital fluminense, o estado de São Paulo também mostrou interesse em negociar a compra do imunizante de uso pediátrico diretamente com a farmacêutica.
“A gente já entrou em contato com Pfizer. São 560 mil crianças que precisam ser vacinadas para aumentar a proteção na cidade”, disse em Soranz entrevista à Globo News. O secretário ainda criticou a lentidão do Ministério da Saúde para comprar as vacinas da Pfizer para uso infantil. Na avaliação dele, o governo federal já tem contrato com a farmacêutica e por isso deveria fazer a compra.
“Se isso não acontecer, a prefeitura do Rio está disposta a comprar a vacina imediatamente. Falta o Ministério da Saúde enviar agora o pedido de solicitação das vacinas porque tem o contrato assinado. É uma questão muito mais ideológica do que prática”, disse.
Embora o Rio de Janeiro tenha manifestado interesse em adquirir as doses da vacina diretamente da Pfizer, a chance de a negociação ter sucesso é pequena. Isso porque, após receber o pedido de negociação por parte do governo paulista, a Pfizer afirmou que priorizará as vendas para governos federais.
Rio de Janeiro vacinou mais de 80% da população contra Covid-19
Ontem (21), a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que mais de 80% da população da capital fluminense está vacinada contra a Covid-19.
“Alô Rio de Janeiro, a gente chegou lá: 4 em cada 5 cariocas já receberam duas doses ou a dose única da vacina contra a covid-19. Por essas e outras, temos a menor taxa de contágio desde o começo da pandemia.”, postou o perfil oficial da Prefeitura no Twitter.
“Para muitos epidemiologistas, 80% é o número mágico da imunidade coletiva, ou seja, aquele patamar a partir do qual uma população, enquanto grupo, encontra-se razoavelmente protegida contra uma determinada doença.”, acrescentou a Prefeitura.
Embora a marca tenha sido celebrada, devido à nova variante Ômicron, a gestão municipal mantém a recomendação para a população evitar aglomerações e usar máscaras, principalmente em locais fechados.