Nesta segunda-feira (14), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), culpou o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o discurso antivacina e a má gestão do governo federal durante a pandemia de Covid-19 no país.
O prefeito da capital fluminense focou as críticas no mandatário, aliviando o tom ao falar sobre a atuação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pois Bolsonaro é quem “as pessoas ouvem” e tem um papel maior como “líder da nação”, nas palavras de Paes.
“Acho que ele [Bolsonaro] se conduziu mal em toda a pandemia. E quero culpar menos o ministro Queiroga, tenho com ele uma boa relação, acho que ele faz um esforço para atender com celeridade. Tenho certeza de que ele acredita e defende a vacina”, disse Paes, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de ontem (14).
Ao ser questionado sobre Queiroga “dar voz” às falas antivacina de Bolsonaro e “estar alinhado” ao presidente ao tratar sobre a vacinação infantil contra Covid-19, Paes afirmou que “não sabe como explicar as atitudes” do ministro da Saúde.
“Nos contatos pessoais que tive com o ministro Queiroga, tive uma boa impressão. Mas também discordo dessa atitude. Acho que ele tem que ser muito enfático nessas questões”, disse o prefeito do Rio.
Paes classificou o discurso contra a vacinação infantil como “um monte de besteira” e foi enfático sobre a gravidade da Covid-19, lembrando que a doença ainda mata muitas pessoas no Brasil. Não dá pra “ficar brincando com isso”, disse o prefeito, em alusão às falas de Bolsonaro.
“Nós estamos lidando com vidas. E no caso das crianças, eu estou convencido, que esse monte de besteira dita ao longo dos últimos meses, influenciaram as pessoas. Ficam com medo de algo que é absolutamente seguro. Disputa política, tudo faz parte. Mas você brincar com a vida das pessoas já é demais”, finalizou Eduardo Paes.