O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que as prefeituras são responsáveis por fiscalizar as festas de Carnaval, que por recomendação do governo estadual não deveriam ocorrer neste ano por conta da pandemia de Covid-19. A festividade está marcada para ocorrer nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro e 1° de março.
“O carnaval é uma decisão das prefeituras municipais. A orientação do governo do estado de São Paulo é que não houvesse nenhum tipo de manifestação pública, sejam desfiles, bailes ou aglomerações celebrativas ao Carnaval. E todas as prefeituras do estado, pelo menos as que tenho informação, seguiram essa orientação e determinaram também esse princípio”, disse o governador, em coletiva de imprensa nesta quarta (23).
“Se houver algum desrespeito, são as prefeituras que devem acionar a Polícia Militar. Porque, nesses casos, se foi por força de determinação legal, a desobediência é uma infração. E uma infração tem que exigir medidas que, neste caso, são de ordem policial para evitar que aconteçam ou voltem a acontecer”, completou Doria.
Na capital paulista, o Carnaval de rua e o desfile das escolas de samba foram suspensos, conforme orientação do governo estadual. Com isso, os desfiles no Anhembi devem ocorrer no feriado de Tiradentes, em abril. Outras cidades também cancelaram os festejos por causa da variante Ômicron, que recentemente causou uma explosão de casos de Covid-19 no país.
São Paulo não proibiu festas de Carnaval em locais privados
Embora recomende a suspensão do Carnaval de rua e dos desfiles das escolas de samba, o governo de São Paulo declarou a data como ponto facultativo e não proibiu festas privadas, desde que seja respeitado o limite de 70% de capacidade de público e apenas pessoas vacinadas contra Covid-19 possam participar.
O principal temor das autoridades é que, mesmo com o cancelamento dos eventos de Carnaval na rua, os foliões continuem se aglomerando em locais privados.
“A orientação do Comitê Científico é para que isso não aconteça mesmo em ambientes privados, clubes, associações ou residências que possam ter o desejo de fazer aglomerações no período de carnaval. Não é recomendável”, afirmou o governador.