O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que aguarda evidências científicas para seguir debate sobre a aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19. Por enquanto, o objetivo da pasta segue sendo avançar com a imunização com duas doses, pois no Brasil somente 26,42% da população completou o esquema vacinal.
“A OMS [Organização Mundial da Saúde] editou uma posição no sentido de que não se avançasse na terceira dose enquanto a segunda dose não fosse aplicada na maior parte da população global. Eu já contratei um estudo, que está sendo realizado em parceria com a Universidade de Oxford, para que essa terceira dose seja orientada com rigor científico”, anunciou o ministro durante evento em São José do Rio Preto (SP) na segunda-feira (23).
“Terceira dose só depois que avançarmos na segunda. (…) A opinião do especialista é importante, mas quando essa opinião é reforçada com evidência científica de qualidade é a certeza de que iremos no caminho certo”, afirmou Queiroga.
Ontem a cidade do Rio de Janeiro anunciou que pretende começar a aplicar a terceira dose da vacina em idosos maiores de 60 anos que tomaram a segunda dose há mais de 6 meses. A prioridade será para aqueles que vivem em asilos e casas de repouso.
Rio aplicará 3ª dose da vacina da Pfizer ou a AstraZeneca
No caso da capital fluminense, a terceira dose será da vacina da Pfizer ou da AstraZeneca, independente de qual imunizante o idoso recebeu anteriormente. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o calendário de vacinação deve ser divulgado “dentro de alguns dias”, em nota divulgada pela pasta.
A terceira dose da vacina contra Covid-19 já está sendo aplicada em idosos e imunossuprimidos em Israel, enquanto nos Estados Unidos a campanha de reforço começará a partir de 20 de setembro para pessoas que tomaram a vacina há mais de 8 meses.
O Ministério da Saúde não autorizou oficialmente a terceira dose de vacina, mas encomendou um estudo para avaliar a eficácia da dose de reforço em pessoas imunizadas com a CoronaVac.
Na avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a prioridade deveria ser enviar vacinas contra Covid-19 aos países pobres que sofrem com a escassez de imunizantes, e não avançar com a terceira dose em nações onde a vacinação já avançou.