Michael de Souza Magno, acusado de ser consultor de Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”, foi preso na manhã desta quarta-feira (13) pela Polícia Federal (PF). De acordo com a entidade, ele foi denunciado por fraude contra o sistema financeiro nacional.
Apesar de ter tido sua prisão decretada em setembro, Michael, também conhecido como “corretor das estrelas”, estava foragido. Todavia, a procura pelo suspeito terminou quando ele foi interceptado pela PF na Rodovia Castelo Branco, em São Paulo.
De acordo com a entidade, o acusado, que ficou conhecido no eixo Rio-São Paulo por aparecer em fotos ao lado de artistas para os quais já teria vendido imóveis, estava a bordo de um Jaguar no momento em que foi preso.
Segundo a PF, mensagens interceptadas pela entidade com autorização da Justiça mostram que Michael se gabava de aportes de R$ 2 bilhões por hora por conta do esquema ilegal de bitcoins. “De dez em dez minutos, entra uma menina na conta do Banco do Brasil e transforma todo o saldo que tem em criptomoedas”, contou o homem.
Outras mensagens também mostram que ‘Corretor das estrelas’ não estava muito preocupado com sobre possíveis bloqueios judiciais. “Ah, se bloquearam as contas? Hoje não, risco nenhum, em conta nenhuma. Eles olham e não tem dinheiro”, disse Michael, que depois de preso, foi transferido para o Rio de Janeiro.
Golpes também no exterior
De acordo com a PF, as investigações agora mostram que Glaidson e seus sócios teriam atuado também em outros países, em operação que não foram declaradas à Receita Federal.
Em nota, a entidade revelou que a suspeita é que o dinheiro usado seja de pessoas que aplicaram na empresa esperando lucros com a compra de criptomoedas.
Hoje, o órgão federal aponta que as investigações mostram que os criminosos podem ter aberto negócio nos Estados Unidos, Emirados Árabes, Portugal, Uruguai, Colômbia e Malta.
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