Informações reveladas pelo jornal “Estadão” neste domingo (09) revelam que registros de ocorrência relativos a operação que terminou com 28 mortos no Jacarezinho, Zona Oeste do Rio de Janeiro, mostram que 24 dos 27 corpos de suspeitos foram removidos sem perícia no local.
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Ainda conforme as informações, além dos 27 homens considerados suspeitos pela polícia, também morreu durante a operação um inspetor da Polícia Civil.
Ainda de acordo com o jornal, no fim da tarde de sábado (08), quatro de seis suspeitos que foram presos na operação falaram em depoimento que durante a operação foram obrigados a levar corpos de suspeitos mortos para dentro de carros blindados da Polícia Civil e que não foram mortos por estar perto de parentes.
Polícia nega falta de perícia dos corpos
Mesmo com a informação, a Polícia Civil divulgou uma nota negando que só tenha realizado a perícia no local de três dos 27 suspeitos. Nesse sentido, a corporação revelou que é possível, sim, realizar a perícia de local já sem os corpos.
Em outro trecho da nota, a Polícia Civil revelou que as circunstâncias de eventuais socorros para encaminhamento à unidade hospitalar e da retirada de corpos do cenário serão esclarecidas durante a investigação policial.
Também no sábado (08), a polícia informou o nome dos mortos. No entanto, a entidade ainda não divulgou os crimes atribuídos a cada um deles.
Importância da perícia
Durante entrevista ao canal “GloboNews”, o perito Mário Bonfatti disse que a preservação das provas técnicas é importante para o esclarecimento das ocorrências. “É importantíssima a preservação do local. Está inclusive previsto no Código de Processo Penal que a autoridade deverá comparecer ao local, preservar todos os indícios e vestígios até a chegada dos peritos para que eles possam estabelecer uma diagnose diferencial do evento e até a dinâmica do evento, inclusive”.
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