O jornal Brasil de Fato publicou um artigo em que aborda sobre as torturas cometidas durante a Ditadura Militar que se deu início em 1964. Juca Guimarães argumenta: “Sadismo, crueldade e mentiras formam a triste figura do coronel Ustra, o primeiro torturador condenado no Brasil”.
O primeiro julgamento ocorreu no ano de 2008, mais especificamente no dia 17 de outubro. ” E gritou de uma forma a chamar todos os demais agentes, também torturadores, a me agarrarem e me arrastarem para uma sala de tortura”, relata Amelinha Tele.
Os métodos passavam pela fragilização de um refém e que chegavam a se tornar tortura psicológica. Ele sabia como tornar todo o processo o mais discreto possível para que conseguisse todas as informações das quais precisava, principalmente quando se tratava de seus adversários.
O pau-de-arara era uma metodologia clássica de tortura em que penduravam o indivíduo com cordas enquanto o giravam ou deixavam parados até que o corpo começassem a doer devido a gravidade. A imagem abaixo é uma ilustração da plataforma Aventuras na História.
Coronel Ustra torturou Dilma e Gilberto Natalini
Ustra foi responsável por algumas torturas cometidas contra Dilma e Gilberto Natalini, atual político do PV. Natalini nunca se envolveu com a luta armada, apesar de Dilma afirmar que nunca participou de grupos violentos, ainda restam algumas dúvidas. “Tiraram a minha roupa e me obrigaram a subir em duas latas. Conectaram fios ao meu corpo e me jogaram água com sal. Enquanto me dava choques, Ustra me batia com um cipó e gritava me pedindo informações”, relembra Gilberto.
Há relatos de que também usavam animais invasivos no corpo humano como no caso de baratas e até mesmo ratos na vagina e ânus. Há escritos que informam que esquentavam o recipiente em que o mamífero se encontrava para que tentasse fugir pelo único “buraco disponível” na chaleira. Entravam à força nos orifícios humanos.