Nesta quarta-feira (8), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o Instituto Butantan, ligado ao estado, fará um novo pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicar a CoronaVac em crianças de 3 a 11 anos de idade. O imunizante contra a Covid-19 já é usado nessa faixa etária por alguns países.
“O primeiro pedido feito à Anvisa foi protocolado em agosto deste ano e agora um segundo pedido acompanhado dos estudos feitos pela Sinovac, o laboratório privado chinês que produz a CoronaVac”, disse Doria durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (8) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
“Lembrando que a CoronaVac já é aplicada para crianças de 3 a 11 anos nos seguintes países: na China, nas Filipinas, na Malásia, no Chile e no Equador. Com isso, o Instituto Butantan entende que é hora de iniciar a vacinação de crianças no Brasil e a vacina CoronaVac se mostra eficaz, segura e adequada para vacinação de crianças”, acrescentou o governador.
SP reservou doses da CoronaVac para crianças
Antecipando uma possível aprovação da Anvisa, Doria informou que o governo estadual reservou 12 milhões de doses da CoronaVac para serem aplicadas em crianças.
Presente na coletiva de imprensa, o presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que o novo pedido será feito na próxima semana. O instituto está finalizando o preparo do dossiê que será submetido à agência reguladora.
O primeiro pedido feito pelo Butantan para aplicar a CoronaVac em crianças foi rejeitado pela Anvisa, que alegou que o instituto não enviou todos os documentos e dados necessários. No momento, a agência está analisando um pedido da Pfizer para aplicar a vacina contra Covid-19 no público infantil no Brasil.
No mês de outubro, diretores da Anvisa relataram que sofreram ameaças de morte de pessoas contrárias à aplicação da vacina da Covid-19 em crianças menores de 12 anos. A agência, inclusive, chegou a pedir proteção policial aos seus funcionários após o ocorrido.