A Frente Nacional de Prefeitos (FNP), começou a executar um consórcio para que municípios façam acordos para aquisição de vacinas contra a Covid-19. Jonas Donizette, que é o presidente da organização, declarou que mais de 100 prefeitos já aderiram a esse projeto.
Como funcionará a adesão para os prefeitos
“Só ontem mais de 100 municípios aderiram. Fizemos uma conferência e tivemos mais de mil acessos na plataforma. Foi explicado o funcionamento: a prefeitura não vai desembolsar o valor. A FNP está fazendo toda estruturação jurídica desse consórcio. O prefeito precisa fazer a simples adesão. E o prazo para estarmos aptos a comprar vacina é 22 de março. Vários prefeitos estão fazendo contato com farmacêuticas. Para o próximo mês esperamos que 10 vacinas estejam aprovadas no mundo. Esperamos que estejam também no Brasil”, declarou Jonas em entrevista ao portal da CNN.
Acordo da Frente Nacional de Prefeitos com Eduardo Pazuello
A FNP conta agora com um acordo feito juntamente com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. De acordo com o órgão, ele se comprometeu a pagar por qualquer acordo que o consórcio de prefeitos fizesse. Portanto, já existe até uma reunião agendada com a fabricante da vacina russa Sputnik V. “Mediante a situação que vivemos, com 91% da população confiando na vacina, temos que aproveitar e comprar vacinas. Independente de marca. A convite do prefeito de Guarulhos, onde fica a fábrica da União Química, vamos em conjunto com cinco prefeitos para fazer uma visita. Vamos conversar com produtora da Sputnik e assim faremos com outras farmacêuticas, com um contato mais próximo e eficaz”, explicou Jonas.
Concorrência com outros países e gravidade da pandemia no Brasil
Ele também falou sobre as complicações, como a concorrência com outros países nessa negociação. De acordo com Jonas, há uma vantagem por causa dos tamanhos dos municípios do Brasil e também pela credibilidade da FNP. Ele também destacou a gravidade da situação da pandemia no país.
“Ontem recebi uma informação que no Sul está tendo escolha de paciente, de quem vai usar a UTI, de acordo com idade e possibilidade de vida. Presenciamos isso em outros países. No Brasil isso ainda é incipiente e pontual. Se não houver mudança comportamental, não vai haver assistência médica devida para quem ficar doente. Nesse contexto é importante ampliar a vacinação”, concluiu Jonas.