O Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 1,5 ponto em novembro deste ano, na comparação com outubro. A saber, esta é a segunda queda seguida, após cinco meses consecutivos de alta. Com a retração, o índice caiu para 95,6 pontos. Aliás, em setembro, o ICE teve alta de 3,0 pontos, superando o nível alcançado em fevereiro, anterior à decretação da pandemia da Covid-19 no mundo. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira, dia 1.
“A confiança empresarial seguiu em novembro a tendência de queda esboçada no mês anterior, refletindo a revisão de expectativas motivada pelo aumento da incerteza em relação aos rumos da crise sanitária e da economia nos próximos meses. A redução da confiança ocorre em todos os setores, exceto a Indústria, que manteve a tendência ascendente no mês e segue numa fase favorável. No extremo oposto, a confiança do Setor de Serviços recuou em novembro a 85 pontos, nível muito baixo em termos históricos. Ao que parece, enquanto não surgir uma solução definitiva como seria o caso de uma bem-sucedida vacinação em massa, a economia seguirá em risco de desaceleração e com comportamentos muito heterogêneos entre os setores”, afirmou o superintendente de estatísticas da FGV, Aloisio Campelo Jr.
Em resumo, o ICE consolida os índices de confiança de quatro setores: indústria, serviços, comércio e construção.
Veja o que contribuiu para a queda do ICE em outubro
De acordo com a FGV, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou pelo sétimo mês seguido. Houve alta de 1,4 pontos, o que fez o índice chegar aos 98,0 pontos. Aliás, este é o maior nível desde dezembro de 2013, época em que o indicador chegou a 99,7 pontos. Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE-E) teve queda de 3,3 pontos, recuando para 94,6 pontos. Esta foi a segunda queda seguida, depois de uma sequência de cinco meses de alta.
Por fim, a pesquisa apontou alta da confiança em 43% dos 49 segmentos pesquisados. O valor ficou bem abaixo do registrado em outubro (69%).
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