O que o Governo Federal fará depois do fim do Auxílio Emergencial em dezembro? Essa é uma pergunta que interessa a, pelo menos, 38 milhões de brasileiros. É que de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), essa é a quantidade de pessoas que esperam por um programa novo.
Especialistas da FGV traçaram um perfil desse brasileiro. Em uma reunião recente o ministro Paulo Guedes os chamou de “invisíveis”. O termo encontra respaldo porque são pessoas que normalmente não ganham nada do governo.
Os “invisíveis” são aquelas pessoas pobres que não estão no Cadastro Único do Governo Federal. Dessa forma, eles não podem receber o Bolsa Família ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo.
De acordo com o levantamento da FGV, a maioria dessas pessoas recebe até R$1.245. Pelo menos essa é a realidade de 74% desses 38 milhões de brasileiros. Ainda dentro deste montante, 10% recebem entre R$1.245 e R$2.004. Além disso, 14% recebem acima desses R$2.004.
Ou seja, no geral são pessoas pobres. Mas não é só isso, o estudo observou que 63,6% desses 38 milhões trabalham na informalidade. Ou seja, são prestadores de serviço, diaristas ou aquelas pessoas que realizam consertos de eletrodomésticos nas casas das pessoas, por exemplo.
Mais de 38 milhões
Analistas da FGV afirmam que a situação dessas pessoas vai depender diretamente da evolução da economia no país. Isso porque são essas pessoas que justamente precisam mais de ações do governo dentro do seu contexto de trabalho.
O Governo Federal está em vias de apresentar o programa Renda Cidadã. Trata-se portanto de um programa que pode substituir não só o Auxílio Emergencial, como também o atual Bolsa Família. Seja como for, aparentemente o Governo não sabe de onde vai tirar esse dinheiro.