Ícaro Trindade, da banda de forró ‘Dubai’, em Roraima, pediu desculpas no Instagram, na noite da última segunda-feira (06), após debochar da tragédia da Boate Kiss. Durante um momento no show, com uso de pirotecnia, ele ironizou: “Vem, vem dançar. Alô, Boate Kiss. E parabéns para você”.
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Com a repercussão de sua fala, durante a celebração de aniversariantes, ele afirmou que o vídeo postado é uma retratação e um pedido de desculpas: “Minha intenção não foi tripudiar, não foi ironizar. Não foi de forma alguma brincar com a dor de ninguém. Eu também já perdi dois irmãos de forma trágica, um de acidente e um de suicídio, e sei qual é a dor de perder alguém que a gente ama. Então de forma alguma isso foi em forma de ironizar, não quis brincar com a dor de ninguém”.
“Assisti a série, a série está no auge, infelizmente lá na hora que estava soltando o artefato pirotécnico, lembrei da tragédia, lembrei da série. Infelizmente acabei soltando a frase, mas venho aqui mais uma vez, encarecidamente, fazer esse pedido de desculpas, esse apelo pelo perdão das famílias, dos pais, dos conhecidos e também das vítimas, que até hoje sofrem de alguma forma com os danos da tragédia. Mais uma vez peço, encarecidamente, desculpas à todos”, completou Ícaro, que diz ter assistido a série ‘Todo Dia a Mesma Noite’, baseada na tragédia.
https://twitter.com/lelemagnoss/status/1622799368066682883
Relembre a tragédia da boate
O incêndio da boate Kiss ocorreu no dia 27 de janeiro de 2013. No local, uma banda fazia um show com efeitos pirotécnicos, que ocasionaram um incêndio. O estabelecimento, que estava super lotado com a apresentação, não tinha saídas de emergência suficientes, nem ventilação ou brigada de incêndio.
Sem poderem sair, 242 jovens morreram na boate Kiss enquanto outros 663 ficaram gravemente feridos. As investigações incluíram um inquérito policial, um processo judicial e repercussões sobre a segurança e fiscalização de boates e casas de show.
Um velório coletivo foi organizado no ginásio do Centro Municipal de Desportos e os familiares das vítimas se uniram em busca de Justiça. Mauro Hoffmann, sócio da boate, Elissandro Spohr, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha de Leão, que soltaram o sinalizador, foram presos mas soltos após alguns meses.
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