Na última terça (06) o bacharel em direito e comentarista político Caio Coppolla, que é ligado à CNN, comentou durante a exibição de um programa da emissora, a escolha do biólogo e youtuber Átila Iamarino, feita pelo Tribunal Superior Eleitoral para a propaganda veiculada em rede nacional contra as fake news.
O comentário de Caio Coppolla ocorreu ainda nas suas considerações iniciais, em resposta ao tema proposto para o Grande Debate: “eleições terão disparos em massa nas redes e Fake News?”. Caio criticou a escolha do biólogo e afirmou: “Até outro dia, esse senhor, de forma um tanto alarmista, projetava milhões de óbitos no Brasil, por Covid-19”.
Coppolla prosseguiu o comentário indicando: “Ainda bem, ele retrocedeu na sua avaliação radical, alegando ser possível retomar parte do convívio social com as devidas precauções”. O tom crítico de Caio continuou na afirmação que: “aliás, deve ter feito isso por questão de coerência, afinal, ele está divulgando um evento presencial que envolve milhões de pessoas: as eleições”.
Por fim, Caio Coppolla finalizou sua incisiva crítica pontuando o slogan do Tribunal Superior Eleitoral: “O slogan da campanha do TSE é irretocável: se for fake news, não transmita. Uma pena que tanta gente tenha transmitido e se influenciado pela ciência do Dr. Atila”.
O Grande Debate
O quadro exibido regularmente na CNN é apresentado jornalista Monalisa Perroni e teve como o segundo participante do debate o advogado Guilherme Suguimor, especialista em direito penal, substituindo o também colega de profissão, Bruno Salles.
Guilherme estreou no quadro agradecendo por sua primeira oportunidade e respondeu ao tema proposto, em que se questionava se o TSE iria conseguir fiscalizar os disparos em massa e as fake news, afirmando: “Espero que sim. Espero que sim porque pode ser difícil de quantificar o impacto específico da disseminação de informações”.
O advogado também afirmou que “nós estamos em uma nova era de meios de difusão de informações tão acentuados que é inevitável, que em primeiro lugar isso vire um aspecto essencial das eleições e da nossa vida”.
Os disparos em massa
Suguimor prosseguiu: “Existe o disparo em massa. Isso foi dito na CPI e foi reconhecido. Se você entrar agora, na internet e pesquisar no Google, você vai encontrar empresas oferecendo esse serviço. Eu fiz isso hoje. E existe fake news, eu mesmo as recebo constantemente, em todos os grupos em que eu participo”.
Respondendo à questão principal, Guilherme indicou: ”O TSE vai conseguir fiscalizar essas empresas? Eu acredito que vai. Se ele teve essa dificuldade de fazer isso de forma eficiente em 2018, muita coisa mudou de lá para cá. As eleições escancararam o quanto isso virou uma questão pertinente”.
Caio Coppolla por sua vez, frisou os desafios do TSE e dos Tribunais Eleitorais em receber as denúncias em tempo hábil, como também destacou a função importantíssima do eleitor, afirmando que: “é uma peça fundamental nesse mecanismo contra a ilegalidade”.
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