Continuará neste domingo (09) as buscas pelas pessoas que estão desaparecidas após o desastre natural ocorrido neste sábado (08) no Lago de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais. Assim como publicou o Brasil123, um deslizamento de pedras ocorrido no local atingiu quatro embarcações, com pelo menos 34 pessoas. Até o momento, sete mortes foram confirmadas.
Em um primeiro momento, o Corpo de Bombeiros local informou que a estimativa era de que 20 pessoas estivessem desaparecidas – outro capitão da corporação chegou a mencionar 20 mortes. No entanto, em entrevista à “EPTV”, afiliada da TV Globo”, o porta-voz da entidade, o tenente Pedro Aihara, informou que, no momento, são quatro pessoas desaparecidas – as outras foram contactadas e estão vivas.
Ainda segundo ele, 40 bombeiros e mergulhadores estão no local do acidente para fazer a busca por essas pessoas. No entanto, a operação será suspensa durante a noite, por conta da condição ruim para que a ação seja deflagrada, sendo retomada assim que o dia amanhecer.
A situação das pessoas encontradas
Até o momento, informou a Corpo de Bombeiros, foram atendidas 32 pessoas afetadas pelo acidente. A maioria delas atendidas com ferimentos leves, apesar as imagens de grande impacto que circularam nas redes sociais durante todo dia. Das afetadas, 27 foram atendidas e liberadas. Todavia, outras quatro se encontram internadas em um estado mais crítico, sendo duas delas com o registro de fraturas expostas.
O deslizamento em Capitólio
O local onde aconteceu o fato atrai pela beleza e é bastante frequentado por turistas. Segundo as autoridades, o deslizamento da grande pedra deve ter ocorrido por conta das chuvas que atingem todo o estado de Minas Gerais.
Antes do desastre, inclusive, a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta sobre a possibilidade de ocorrências de “cabeça d’água’ em Capitólio. De acordo com as autoridades, acredita-se que tenha sido a ocorrência deste fenômeno a causa do deslizamento que atingiu as lanchas.
No entanto, em entrevista ao portal “G1”, Gustavo Cunha Melo, especialista em gerenciamento de risco, ressaltou que o fenômeno em questão pode ter dado o que ele chamou de “gatilho” para o problema, mas sem ser necessariamente a causa, de fato, pelo deslizamento.
Isso porque, de acordo com ele, a rocha, por conta da erosão, acabaria se desprendendo do local de qualquer jeito. “Essa rocha já estava com muita erosão, totalmente fragmentada, ela iria desabar em algum momento. A tromba d’água pode explicar o desabamento neste momento? Pode, assim como também não precisava nada – ela ia desabar em algum momento por erosão, por um processo natural”, afirmou.
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