Dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo portal “G1” mostram que o Brasil registrou um aumento de 5% no número de assassinatos em 2020 ante o mesmo período de 2019. A alta vem depois de o país ter registrado dois anos consecutivos de queda. O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do portal com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e também com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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Segundo o índice nacional de homicídios, que tem como base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal, no ano passado, foram registradas 43.892 mortes violentas, contra 41.730 em 2019 – 2.162 mortes a mais.
Vale a pena destacar que, no levantamento, estão contabilizadas no número as vítimas de homicídios dolosos – incluindo os feminicídios -, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. De acordo com os dados, que mostram uma elevação na quantidade de mortes mesmo em um período de pandemia da Covid-19, os números foram puxados, principalmente, pelo Nordeste, que teve um aumento expressivo nos assassinatos: 20%.
O ano foi totalmente atípico naquela região. Isso porque o Nordeste vinha sendo o estado que apresentava a maior porcentagem de queda de mortes nos últimos dois anos. Ao todo, mais da metade dos estados registrou uma alta – houve aumento dos assassinatos em 14 unidades federativas.
Em contrapartida, outras regiões como o Norte, o Centro-Oeste e o Sudeste apresentaram um número de crimes violentos menor na comparação com o ano anterior. A região Norte teve a queda mais acentuada: – 11%
Levantamento mostra que Brasil perdeu grande chance
Em nota, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública explicou que os números indicam que o país perdeu a oportunidade de transformar a redução dos homicídios verificada em 2018 e 2019 em um ciclo virtuoso.
De acordo com Samira Bueno e Renato Sérgio de Lima, que assinaram o comunicado do fórum, “reverter este cenário passa pelo investimento em recursos humanos e financeiros, como em qualquer política pública, mas também pela adoção de medidas já largamente documentadas como efetivas em outros contextos”.
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