Agora é oficial. Os clubes de futebol já podem se tornar empresas, caso desejarem.
Isso porque o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou na manhã desta segunda-feira (9) a lei que cria a SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
Na prática, os clubes de futebol, que hoje são associações civis sem fins lucrativos, poderão passar por essa transformação.
Ainda de acordo com a lei, a medida vale apenas para o futebol, tanto masculino quanto feminino, mas não para outras modalidades.
Agora, se um clube quiser virar empresa e tiver a aprovação interna, poderá fazer.
Isso abre espaço para equipes como o Botafogo, por exemplo, que pretendem se transformar em sociedade anônima.
Entre outras coisas, o clube que virar SAF poderá ter ações na bolsa de valores, por exemplo, assim como outros clubes internacionais, como o Manchester United da Inglaterra.
Além disso, poderão emitir títulos da dívida pública e atrair fundos de investimentos, como uma grande empresa mesmo.
Aliás, os times brasileiros agora poderão também ter ‘donos’, como acontece com muitos gigantes do futebol europeu, como Manchester City, Paris Saint Germain e outros.
Com isso, o principal objetivo da nova lei é tentar ajudar também os clubes brasileiros, a grande maioria endividados, a buscarem uma recuperação.
Outro ponto importante da lei é que a transferência do patrimônio do clube para a SAF independe do consentimento dos credores, por exemplo.
Tradição
Para os torcedores que estão preocupado com a perda de identidade dos seus times de coração em caso de virarem SAF, a lei também diz sobre isso.
Assim, um clube só poderá mudar de nome, cores ou escudo, se houver autorização dentro da agremiação.
Além disso, o clube que virar SAF terá até seis anos para quitar ou reorganizar as dívidas trabalhistas e fiscais com os seus devidos credores. O prazo pode ser prorrogável por seis anos.
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