Nesta segunda-feira, 3 de julho, o Ministério da Educação (MEC) afirmou aos deputados federais não saber exatamente o número de estudantes brasileiros que aderiram às aulas virtuais. Pois, apesar do ministério ter enviado uma pesquisa para os municípios do país a fim de verificar o oferecimento do estudo nessa modalidade, somente 71% dos municípios teriam respondido a pesquisa. Dessa forma, o MEC ficaria impossibilitado de divulgar os dados concretizados da pesquisa.
A pesquisa promovida pelo MEC visa analisar quantos municípios brasileiros aderiram às aulas virtuais, por internet, ou por outros meios como rádio, televisão e até mesmo a entrega de materiais impressos para realização de atividades em casa. Contudo, a pesquisa deveria ter sido finalizada até o dia 31 de julho.
A justificativa do MEC acontece após o envio de um ofício de sete parlamentares solicitando informações sobre a realização das aulas virtuais no Brasil. De modo geral, o MEC afirmou que todos os municípios estão tomando providências para continuar oferecendo o ensino à distância para os estudantes das escolas. Porém, não seria possível determinar com exatidão o número de municípios que aderiram ao formato.
Aulas virtuais não aliviam tensão de pais e educadores
Após mais de 120 dias com as escolas fechadas na maior parte do Brasil, os pais e educadores continuam preocupados devido às indefinições em relação ao ensino, causada pela pandemia. Nesse sentido, não são todas as escolas que aderiram às aulas virtuais. As que o fizeram, muitas vezes apresentam problemas de estrutura pelo lado da escola. Ou, ainda, os alunos não têm acesso aos dispositivos adequados para acompanhar as aulas.
Contudo, uma possível volta às aulas presenciais não seria a resposta para muitos pais e educadores. A maior parte do corpo docente das escolas se diz preocupado sobre a possibilidade da retomada das aulas presenciais. Pois, nesse momento, trocar as aulas virtuais pelas salas de aula poderia colocar a saúde de toda a comunidade em risco.
Acima de tudo, nesse momento é preciso investir na estruturação das aulas virtuais. Apesar do tempo decorrido desde o início da pandemia, muitos municípios não tiveram os recursos ou tempo necessário para aderir ao formato. A estruturação do modelo seria a solução mais viável nesse momento, evitando igualmente prejuízos a saúde e a educação dos jovens.